terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O ACIDENTE AÉREO DE CASTELO BRANCO EM 1967


Às 9: 00 h do dia 18 de julho de 1967 uma aeronave de pequeno porte pertencente ao Governo do Estado do Ceará, um Piper Aztec PA – 23, registro PP-ETT, partiu de Quixadá, no interior do Ceará com destino a Fortaleza. O pequeno avião transportava, dentre outros, o marechal cearense Humberto de Alencar Castelo Branco que há pouco mais de três meses encerrara o seu mandato de presidente da república do Brasil (1964 -1967). O Marechal Castelo Branco fora cumprir uma visita de cortesia a sua conterrânea e parente, a grande dama da literatura cearense Rachel de Queiroz (1910 – 2003), em sua fazenda “ Não me Deixes “ no município de Quixadá.
No mesmo horário, 9 :00 h da manhã, em Fortaleza, decolaram da Base Aérea quatro jatos Lockheed TF -33ª, sob o comando do Tenente Areal para um treinamento de rotina. Às 9h 52 min, a 450 metros de altitude, sobre o bairro de Mondubim em Fortaleza ocorreu o choque entre o Piper que conduzia o marechal Castelo Branco e um dos jatos da Força Aérea sob o comando do aspirante Alfredo Malan D’Angrogne: a ponta da asa esquerda do jato tocou a cauda do Piper que perdendo seu estabilizador, produziu, incontinenti, a queda da pequena aeronave. O jato conseguiu prosseguir voo e realizou em seguida um pouso de emergência na Base Aérea de Fortaleza.
Encontravam- se a bordo do Piper acidentado: o comandante Celso Tinoco Chagas; o co– piloto Emilio Celso Chagas, filho do piloto Celso; o marechal Castelo Branco; Cândido Castelo Branco, irmão do marechal Castelo Branco; a escritora cearense Alba Frota e o major Manuel Neponuceno. De todos, sobreviveu apenas o jovem co- piloto Emílio Celso Chagas.
Um relatório produzido pelo Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, datado de 21 de novembro de 1967, assinado pelo tenente – brigadeiro -do- ar Araripe Macêdo trouxe poucos esclarecimentos a respeito do trágico acidente aéreo.
Outros acidentes da mesma ordem abatendo figuras públicas sempre geraram, além da comoção esperada, dúvidas sobre as circunstâncias em que ocorreram tais tragédias:
1958: Morte de Nereu Ramos, ex - presidente da república do Brasil.
!961: Morte de Roberto Silveira, governador do Rio de Janeiro.
1973:  Morte de Filinto Muller, líder do governo militar no Senado.
1982:  Morte de Clériston Andrade, ex- prefeito de Salvador.
1987: Morte de Marcos Freire, ministro da Reforma Agrária.
1992:  Morte de Ulysses Guimarães, um dos líderes do PMDB, cujo corpo nunca foi encontrado.
2003: Morte de José Carlos Martinez, deputado federal.
2014: Morte de Eduardo Campos, ex- governador de Pernambuco e candidato a presidente da república.
2017: Morte de Teori Albino Zavascki , ministro do Supremo Tribunal Federal .


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