O Cérebro : Que Maravilha !

O Cérebro - é mais extenso que o céu -

Coloca - os juntos -

Um conterá o outro

Com folga - e tu - também

O Cérebro é mais profundo que o mar -

Retém - nos - azul contra azul -

Um absorverá o outro -

Como a esponja - o balde -

O cérebro é o mesmo peso de Deus -

Pesa - os grama por grama -

Se diferenciarão - sim , podem se diferenciar -

Como a sílaba do som -

Poema da autoria de Emily Dickinson ( 1830 - 1886 ) : uma das mais importantes escritoras norte - americanas do século XIX , com uma poesia intimista , enigmática e ao mesmo tempo , universal. Durante sua vida reclusa , Emily publicou poucos poemas , em torno de seis . Vinnie, sua irmã mais nova , foi quem encontrou os 40 volumes de poesia , encardenados à mão, que Emily guardava sob sete chaves .

Foto que ilustra o texto : fim de tarde na Praia do Mucuripe, em Fortaleza.

28Emanuel Carvalho Melo, Martinho Rodrigues e outras 26 pessoas

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 O Alienista e o Nazifascista

Machado de Assis (1839 - 1908 ), o Bruxo do Cosme Velho, gigante da Literatura brasileira, em sua primeira obra realista , apresenta um conto : " O Alienista " , que mostra o comportamento humano no que diz respeito à vaidade e ao egoísmo. Na peça, o Dr. Simão Bacamarte ( Alienista) , um filho de Hipócrates, dedica - se ao estudo da mente humana , na cidade de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Aí inaugura uma clinica ( A Casa Verde ) para internamento de insanos . Assim todos com distúrbios comportamentais seguiam para internamento na dita clínica. Cerca de setenta e cinco por cento da população daquela cidade bateu com os costados na Casa Verde . Uma loucura !

Surge a figura de um barbeiro ( Porfírio ) que resolve liderar uma revolta contra o alienista Simão Bacamarte , onde ocorre a soltura de todos os internos daquela clínica psiquiátrica. Restou ao Dr. Simão acreditar que ele mesmo era o único que apresentava distúrbio de conduta . Partiu , desse modo , para habitar , como único morador do dito hospício até o término de seus dias pelo périplo terreal.

A vida imitando a arte , mostra hodiernamente um burgo cercado de povos estranhos , famélicos, sofridos , sob o tacão da foice e do martelo. Trata - se este burgo , de uma terra , onde se plantando, tudo dá, plena de gente pacata . Daí surge , não um Alienista, mas um ser estranho , careca , impetuoso , com olhar tresloucado , insano , com a posse de um diploma de nível superior , e comandando uma certa polícia submissa , assaz inconveniente.

Daí prende quem se interpõe em seu pedregoso caminho , com destaque para : políticos, empresários , formadores de opinião, dentre outros .

A vida , enfim , imitando a " arte do mal " , em pleno século XXI .

Quem conseguirá freiar tal insanidade?

Um bolo para quem acertar !

O desejo de poder é a pior enfermidade que padece o ser humano no mundo inteiro.

Segue o correto pensar de Konrad Lorenz ( 1903 - 1989 ) : A repressão, as torturas, os crimes , as guerras , em uma palavra , essa maldade humana que nos envolve hoje em dia com seus terrores por toda a superfície do planeta é uma consequência da insuficiente adaptação ao mundo da técnica.

Ponto Final!

3Jeannie Gladys, Valinda Matos e 1 outra pessoa

 Filosofia X Música Popular Brasileira

A filosofia - o amor à sabedoria - com sua indagações básicas, como : " de onde vim , quem sou , para onde vou " permeia , também o mundo cambiante e colorido da música popular brasileira. Não aquele filosofar acadêmico com uma pletora de "ismos ", do tipo , existencialismo, empirismo , dentre outros, mas as ditas coisas simples do nosso rico cotidiano.

É o saber em estado bruto, de pessoas humildes, a maioria sem vivência acadêmica formal, com passagens marcantes apenas nos bancos das escolas da vida ( poetas do morro ) . Claro que o enfeite do bolo faz - se com aqueles menestreis filhos do saber acadêmico ( poetas do asfalto).

Uns e outros , dois caudalosos rios misturando suas águas em busca do mesmo mar da cultura popular .

" O mundo me condena , e ninguém tem pena / falando sempre mal do meu nome / deixando de saber se eu vou morrer de sede / ou se vou morrer de fome / mas a filosofia hoje me auxilia / a viver indiferente assim / nesta prontidão sem fim / vou fingindo que sou rico/ pra ninguém zombar de mim / não me incomodo que você me diga/ que a sociedade é minha inimiga / pois cantando neste mundo/ vivo escravo do meu samba , muito embora vagabundo/ quanto a você da aristocracia/ que tem dinheiro, mas não compra alegria/ há de viver eternamente sendo escravo desta gente/ que cultiva a hipocrisia ".

Letra da música "Filosofia " da autoria de Noel Rosa , composta aos 23 anos de idade , por um gênio caboclo, com boa formação intelectual , e que trazia em seu bojo, críticas ao modo de vida ( boêmia) , à luta de classes ( rico , pobre ) , e ao poder da grana ( capitalismo) , que ergue e destrói coisas belas . Noel portava todos os atributos de poeta do asfalto e convivia , harmoniosamente, com os poetas do morro.

"Não sou eu quem me navega/ quem me navega é o mar/ é ele quem me carrega como nem fosse levar / e quanto mais remo mais rezo/ pra nunca mais se acabar/ essa viagem que faz / o mar em torno mar / meu velho um dia falou / com seu jeito de avisar / olha o mar não tem cabelos que a gente possa agarrar/ timoneiro nunca fui / que eu não sou de velejar / o leme da minha vida/ Deus é quem faz governar/ e quando alguém me pergunta/ como se faz pra nadar / explico que não navego / quem me navega é o mar/ a rede do meu destino/ parece a de um pescador/ quando retorna vazia, vem carregada de dor/ vivo num redemoinho/ Deus bem sabe o que faz/ a onda que me carrega/ ela mesmo é quem me traz".

Paulinho da Viola é um dos compositores da modernidade que mais insere pérolas filosóficas em seus temas de amor e vida .

O assunto em pauta - música X filosofia - exige roupa de gala para ser sorvido num fim de tarde, curtindo o sol deitando nos braços do oceano, na Ponte Velha , Praia de Iracema , na " Loura desposada do sol " .

Claro, com os apetrechos necessários: a cabrocha, o luar , a caninha , e o violão, com vistas a uma libação filosófica de respeito.

Carpe Diem!

5Martinho Rodrigues, José Edmar Lima Filho e outras 3 pessoas

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 Aos Pais , Com Carinho

Necessitamos :

Um apagador , para retirar de nossa história tudo que nos traga danos .

Uma tesoura , para cortar tudo aquilo que nos impede crescer.

Um pássaro, para que nos ensine a voar alto e cantar com liberdade.

Uma tigela , para acolher o carinho e a maturidade do amor.

Um transparente frasco, para conservar os sorrisos , e sem tampa para escutar seu alegre som.

Umas lentes, corretoras da visão da vida , que nos permitam observar com amor ao próximo e à natureza.

Um esquilo, que nos indique como alçar pelos ramos da árvore da sabedoria.

Umas agulhas longas, para tecer sonhos e ilusões.

Um cofre , para guardar todas as recordações que constroem e dão vida .

Uma serra , que permita abrir a mente quando se deseje encontrar respostas, outra para cerrar nossos lábios quando seja necessário, e outra para abrir nosso coração.

Um rebobinador de películas, para recordar os momentos mais felizes em nossas vidas.

Um relógio, para dar - lhe todo o tempo ao amor e a amar.

Os sapatos da ética e da moral , para pisar firme e seguro por onde quer que sigamos .

Uma balança, para pesar todo o vivido e todo o experimentado.

Um espelho, para admirar uma das obras mais perfeitas de Deus. "

4Neila Romero, João Carlos Pires de Carvalho e outras 2 pessoas

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