terça-feira, 24 de setembro de 2019



Sensatez , de Lao Zi


" Eram quatro homens instruídos e talentosos , sendo três deles particularmente brilhantes. O quarto mostrava - se inferior aos outros em intelecto , mas portava uma arma poderosa , a sensatez. Caminhando numa estrada deserta, encontraram o esqueleto de um leão.
" Vamos fazer este rei da selva voltar à vida " , sugeriu o primeiro.
" Sim , isto nos trará uma grande fama e fortuna", concordaram o segundo e o terceiro.
O quarto disse : " Se vocês trouxerem este leão de volta à vida , ele , fatalmente , vai nos atacar e devorar a todos" .
Os três outros seguiram o plano inicial : colocaram carne nos ossos , sangue nos vasos , e estavam prestes a inspirar o alento da vida no bicho selvagem.
" Devíamos pensar na segurança " , verberou o quarto.
"Desse modo , vou subir numa árvore , pois seguro morreu de velho ".
Os outros três seguiram com o plano inicial. O leão voltou à vida e matou os três sábios. O único que escapou com vida foi aquele que tinha manifestado bom senso ".
Tao Te Ching ( O Livro do Caminho e da Verdade ) , de Lao Zi ( O Velho Mestre ) , entre 350 - 250 a.C.
Hodiernamente em Pindorama, um provecto senhor de 88 anos , ideologicamente , um verdadeiro filho híbrido de Marx com a Coca - Cola , e que outrora reinou neste sofrido pedaço de chão sul-americano, vem mostrando uma brutal insensatez, em passeio pela Velha Europa , com sua verborragia típica , tentando atear fogo em Pindorama.
Não vai conseguir , posto que , poucos o ouvem ou entendem ! Amém!
Tempo de plantar afeto
Um bem- estar infinito esta alegria de se mover em direção à liberdade interior, à bondade amorosa e à compaixão para com outros seres sencientes. Ana Lis , minha filha , ofertando o néctar da vida a dois passarinhos nascidos há poucos dias em nossa casa e que , se Deus quiser , logo mais retornarão ao aconchego da Natureza em gozo de plena liberdade.
"Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu.
Tempo de nascer,
E tempo de morrer;
Tempo de plantar,
E tempo de arrancar a planta.
Tempo de matar,
E tempo de curar;                                         
Tempo de destruir,
E tempo de construir.
Tempo de chorar,
E tempo de sorrir;
Tempo de gemer,
E tempo de bailar.
Tempo de atirar pedras,
E tempo de recolher pedras;
Tempo de abraçar,
E tempo de se separar."
Eclesiastes ( 3 , 1 - 5 ).

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

À ESTRELA

"Até à estrela que reluz
Há uma distância de trespasse
Correu milênios sua luz
Para que enfim nos alcançasse
Talvez há muito já se fora
No longe azul o extinto astro
Porém seus raios só agora
Ao nosso olhar mostram seu rastro
A aura da estrela que morreu
No alto do céu se faz dar fé.
Era, e ninguém a percebeu,
Hoje que a vemos já não é.
Também assim a nossa dor
Na abissal noite se finda.
Porém a luz do extinto amor
Os nossos passos segue ainda "
Poema À ESTRELA, da autoria de Mihai Eminescu ( 1850 - 1889 ) , gênio poético nascido na Romênia. A magistral tradução faz- se por conta do poeta cearense de Limoeiro do Norte , Luciano Maia , nascido a 7 de janeiro de 1949.
Cônsul Honorário da Romênia em Fortaleza. Professor da Universidade de Fortaleza. Mestre em Literatura pela UFC. Ocupa a Cadeira 23 da Academia Cearense de Letras.
Publicou , entre outros , Jaguaribe - memória das águas, 1994 ; Seara , 1994 ; Nau capitânia, 1987 ; Rostro hermoso, 1997.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019



Um Momento Breve de Felicidade
Contemplando a maré cheia no Porto das Dunas num exultante trabalho mental . Reverencio , este sim , o pulmão do mundo , de onde provém 54,7 % de todo o oxigênio da terra , através das algas marinhas. A Amazônia hoje tão em voga , ardendo em falácias, contribui com apenas 2 % do total do oxigênio de nosso minúsculo planeta azul.
" Um fazendeiro sentiu a morte próxima e chamou os filhos para contar um segredo. 
- Meus filhos , eu vou morrer. Quero dizer que no nosso terreno há um tesouro escondido. Se vocês cavarem, vão encontrar.
Logo que o pai morreu, os filhos pegaram pás e ancinhos e reviraram o terreno de todo jeito procurando o tesouro. Não acharam nada, mas a terra trabalhada produziu uma colheita nunca vista. " ( Esopo - 621 - 565 a.C ).
Todo mundo sabe do grande tesouro existente acima e abaixo do uberoso solo que representa a Amazônia. A interferência indevida de aves de rapina de uns pequenos burgos do Velho Mundo , com o apoio de certa imprensa marrom, mancomunada com alguns maus brasileiros jogam fogo num paraíso que é meramente Verde e Amarelo , um patrimônio nosso.