quarta-feira, 31 de maio de 2023

 Um Fim de Tarde com Cecília Meireles

" - Pus o meu sonho num navio / e navio em cima do mar ;
Depois , abri o mar com as mãos ,/ para o meu sonho naufragar .
- Minhas mãos estão molhadas / do azul das ondas entreabertas ,
E a cor que escorre de meus dedos / colore as areias desertas .
- O vento vem vindo de longe , a noite se curva de frio ;
Debaixo da água vai morrendo / meu sonho , dentro de um navio ...
- Chorarei quanto for preciso , / para fazer com que o mar cresça ,
E o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça.
- Depois , tudo estará perfeito ; a praia lisa , águas ordenadas ,
Meus olhos secos como pedras / e as minhas duas mãos quebradas ."
Cecília Meireles ( 1901 - 1964 ) : jornalista , escritora , professora , poetisa e pintora , nascida no Rio de Janeiro . Fundou em 1934 a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro .
Foto que ilustra o texto : um fim de tarde no Porto das Dunas , no encontro do Rio Pacoti com o Oceano Atlântico, no litoral leste do Ceará.
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terça-feira, 30 de maio de 2023

 O Último Discurso - de Charles Chaplin - 1940

" Sinto muito , mas não pretendo ser um imperador . Não é esse o meu ofício . Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja . Gostaria de ajudar - se possível - judeus , gentios ... negros ... brancos .
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros .
Os seres humanos são assim . Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio . Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros ? Neste mundo há espaço para todos . A terra que é boa e rica , pode prover todas as nossas necessidades .
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza , porém nos extraviamos . A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... E tem - nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios . Criamos a época da velocidade , mas nos sentimos enclausurados dentro dela .
A máquina , que produz abundância , tem - nos deixado em penúria . Nossos conhecimentos fizeram - nos céticos ; nossa inteligência , imperfeitos e cruéis . Pensamos em demasia e sentimos bem pouco . Mais do que máquinas ,
precisamos de humanidade . Mais do que de inteligência , precisamos de afeição e doçura .
Sem essas duas virtudes , a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximam - se muito mais . A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós . Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados , homens , mulheres , criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes . Aos que podem ouvir eu digo : " Não desespereis ! " A desgraca que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano . Os homens que odeiam , desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo . E assim , enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá ...
" Hannah , estás me ouvindo ? Onde te encontres , levanta os olhos ! Vês , Hannah ? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam !
Estamos saindo das trevas para a luz ! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor , em que homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade . Ergue os olhos , Hannah ! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar . Voa para o arco - íris , para a luz da esperança. Ergue os olhos , Hannah ! Ergue os olhos ! "
Hannah era a mãe de Chaplin , portadora de grave quadro depressivo ; o pai de Chaplin , alcoolista , faleceu quando o filho tinha 2 anos . O garoto passou parte da infância em um orfanato . Aos 10 anos , Chaplin trabalhava como mímico na crua escola das ruas . Aos 17 anos , já era um ator bem pago . O Vagabundo foi seu personagem mais famoso , e O Grande Ditador , o seu primeiro filme falado . O Último Discurso foi lido na estreia desse filme , em 1940 .
Hoje , 83 anos depois da estreia do filme O Grande Ditador , assiste a humanidade a ascenção de autocratas em vários países do mundo .
Que absurdo ! Que insanidade !
E assim caminha a humanidade !
Para onde ?
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segunda-feira, 29 de maio de 2023

 Gonzaguinha e Odaléia : Um Amor Verdadeiro

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior - Gonzaguinha - ( 1945 - 1991 ) , encarou a braveza do mundo pela vez primeira em 22 de setembro de 1945 , no Rio de Janeiro . Seus pais foram , Luiz Gonzaga do Nascimento ( O Rei do Baião) , e Odaléia Guedes dos Santos ( Léia ) , uma cantora da noite e uma bela / frágil mulher . Léia havia entrado há pouco na vida de Luiz Gonzaga que a conhecera cantando em bares numa vida livre de colibri e de vivaz boêmia . Grávida, Léia foi dividir o teto com o " Seu Luiz " , e por volta de dois meses depois do parto , ela abriu um quadro grave de tuberculose pulmonar - a famigerada peste branca - ceifadora de tantas vidas naquela época em que quase nada havia a se fazer , em decorrência dos escassos recursos médicos existentes . O garoto Luizinho foi prontamente afastado da convivência materna e entregue aos cuidados de um casal amigo da família, Dina ( Leopoldina de Castro Xavier ) , e Xavier ( Henrique Xavier ) , que morava no Morro de São Carlos , no Estácio .
O motivo básico alegado seria proteger o garoto dum possível contágio de tuberculose .
Na idade adulta , Gonzaguinha iria contrair a dita patologia pulmonar , que prontamente foi debelada sem maiores consequências . Com os pais adotivos , Gonzaguinha desfrutou de uma infância humilde , mas de gozosa e plena liberdade . Luis Gonzaga , o pai , sempre distante , seguia sua vida peregrina cantando " - Minha vida é andar por esse país, pra ver se um dia descanso feliz " ) em tudo que era lugar , desde carroceria de caminhão a teatro chique , deixando a criação do menino Luizinho literalmente nas mãos de Deus .
Odaléia, coitada , partiu cedo para o multiverso , por conta de uma tuberculose galopante , sem reatar qualquer contado com o pobre filho . O jovem Luizinho bateu pernas por vários colégios internos em busca de conhecimentos formais , e , principalmente , de uma almejada paz .
Gonzaguinha cursou , sem maior entusiasmo , a Faculdade de Ciências Econômicas, no Rio de Janeiro . Naquele ambiente acadêmico travou conhecimento com importantes e emergentes figuras da MPB como , Ivan Lins , Aldir Blanc , e , César Costa Filho .
Gonzaguinha desde cedo , mostrava um comportamento arredio e difícil que logo a mídia ajudou a propagar apresentando - o como um " cantor - rancor " .
Em 1979 , o artista lançou pela Gravadora Odeon , o seu mais bem elaborado trabalho " Gonzaguinha da Vida " , com uma pérola musical , como :
" Não dá mais pra segurar " :
" Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder/ o que não dá mais pra ocultar e eu não posso mais calar / já que o brilho desse olhar foi traidor/ e entregou o que você tentou conter / o que você não quis desabafar e me cortou / chega de temer , chorar , sofrer , sorrir , se dar / e se perder e se achar / e tudo aquilo que é viver / eu quero mais é me abrir e que a vida entre assim / como se fosse o sol desvirtuando a madrugada /quero sentir a dor desta manhã / nascendo , rompendo , rasgando , tomando meu corpo e / então eu / chorando , sofrendo , gostando , adorando , gritando / feito louca , alucinada e criança/ sentindo o meu amor se derramando / não dá mais pra segurar , explode coração " .
Gonzaguinha amou Ângela que lhe deu dois filhos , Daniel e Fernanda . Amou a Frenética Sandra que lhe deixou uma filha , Amora . Uma última filha , Mariana foi fruto de um relacionamento amoroso com Louise Margarete , com quem Gonzaguinha terminou seus breves dias .
Uma música dentre tantas outras bem elaboradas , engrandece a figura controversa de Gonzaguinha, um mimoso hino de amor e piedade dirigido à sua sofrida mãe , Odaléia . Uma homenagem que brota do peito de um filho agradecido e que irá sobreviver ao longo do tempo :
" Minha cantora esquecida das noites brasileiras/ te amo / compositora esmagada dessas barras brasileiras / te amo / minha heroína doente do peito / minha menina de luta / minha morena catita / ah ! minha preta / furando cartão / cantando nos becos / tossindo nos cantos / o lenço na boca , o sangue / a mão na garganta / a perna já bamba/ a força não tanta / a vida tão tonta / eis Odaléia em busca de um sonho dourado/ vai Odaléia , delírio de um dia / Léia retrato guardado no meu quarto / minha Dalva / minha estrela - guia / na fome de amor / na voz estancada / no ouro da lama / nos humildes enganos / saiba Odaléia pequena / te ouço/ te vivo / te amo " .
Um pequeno retrato de uma dama da noite onde em lugares proibidos ela usava " um cartão " para que seus pares pagassem para tirar minutos de dança de salão com ela . Naquele ambiente insalubre ela adquiriu uma tuberculose . Não importa , nisto tudo realça em vários momentos da canção - queixume , o sentimento solto de Gonzaguinha acariciando sua morena catita , sua estrela - guia , sua pobre mãe : - te ouço, te vivo te amo !
Gonzaguinha largou cedo a vida , aos 45 anos de idade , numa estrada chuvosa no interior do Paraná, deixando todos sem entender o motivo daquele reboliço fatídico . Deste modo , foi retomado o encontro de paz e amorosidade de Gonzaguinha e Odaléia, agora de forma perene , sem a interferência de ninguém.
Que assim seja !
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sexta-feira, 26 de maio de 2023

 A Canção do Criador de Caminhos

" SERTANEJO cearense ,
Aonde vais sem parar ?
Quem te chama , que te espera
Na aridez dos tabuleiros ,
No recesso das caatingas,
Por detrás dos horizontes
- Que vão além destes montes ,
Muito além daquela serra ?
E o sertanejo não ouve .
E , se escuta , vai passando ,
Com a planta do pé rasgando
Novos caminhos na terra .
JANGADEIRO cearense ,
Aonde vais todo dia ,
Por esses mares bravios ,
Onde o perigo se esconde ,
Onde o infortúnio se acoita ,
Onde a desgraça se espreita ?
O que procuras é a Vida ...
Ou a Morte estás a buscar ?
E o jangadeiro indomável ,
A vela branca soltando ,
Sobre as ondas vai rasgando
Novos caminhos no mar .
CEARENSE da cidade,
Aonde vais , mundo afora ?
Porque foges do teu berço ,
Do teu lar e do teu povo ,
Para tentar a aventura ,
Gravitar pelas alturas ,
No bojo dos aviões ,
Errando de déu em déu ?
E o cearense , impetuoso ,
Por sobre as nuvens planando ,
Vai seguindo , vai rasgando
Novos caminhos no céu .
Só no dia em que , cearense ,
A saudade te chamar ,
- nos seringais da Amazônia ,
- nos cafezais de São Paulo ,
- nos estranhos continentes ,
É que então nós compreendemos ...
- E quem não compreenderá ?
Sampaio pelos sertões ,
Nascimento pelos mares ,
Pinto Martins pelos ares ,
Á hora de regressar
- há mais caminhos na terra !
- há mais caminhos no céu !
- há mais caminhos no mar ! "
" A Canção do Criador de Caminhos " , da autoria de José Matins D' Alvarez ( 14 . 09 . 1903 / 03 . 07. 1993 ) , que nasceu na cidade de Barbalha , no interior do Ceará, onde cursou o Liceu do Ceará , e diplomou - se pela Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará , tendo sido o orador da sua turma . Migrou para o sul do país onde obteve por concurso a cátedra na Faculdade Fluminense de Medicina ( Curso de Odontologia) . Foi Reitor " pro - tempore " da Universidade de Goiás.
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Terezinha Miranda Cordeiro

segunda-feira, 22 de maio de 2023

 Vocação de Vieira

Nos idos dos anos 50 do século passado, no Colégio Castelo Branco , da Arquidiocese de Fortaleza , sob o comando do nobre educador Padre Jorgelito Cals de Oliveira , era adotada no ensino de Português, a " Anthologia Nacional " de Fausto Barreto e Carlos de Laet , da Livraria Francisco Alves , ano de 1931 .
Na primeira página da obra , constava um lembrete do maior homem de letras do Ceará , José de Alencar ( 1829 - 1877 ) :
" Todo homem , orador , escritor ou poeta , todo homem que usa da palavra, não de um meio de comunicação de suas ideias, mas como de um instrumento de trabalho ... deve estudar e conhecer a fundo a força e os recursos desse elemento de sua atividade ".
A lição inicial da Anthologia Nacional era de autoria do prosador maranhense João Francisco Lisboa ( 1812 - 1863 ) , uma crônica denominada " Vocação de Vieira " . O padre Jonas Barros , que nos ministrava a aula sempre repetia o sonho que daquele grupo de jovens , pelo menos um fosse possuído por um " Estalo de Vieira " .
Sei , apenas que , daquela incubadora de ensino foram gestados médicos , advogados , engenheiros , políticos, escritores , dentre outros .
Enfim , o verdadeiro milagre do saber .
" Não contava bem Antônio Vieira oito anos de idade , quando em 1615 teve de acompanhar sua família para a metrópole do Brasil. Da razão desta viagem não há cabal certeza ; mas presume - se que Cristóvão Vieira Ravasco , seu pai , viera despachado a servir algum emprego , talvez o de secretário do Estado , que depois exerceu durante toda vida , seu filho , Bernardo Vieira Ravasco, irmão mais novo do padre .
Mal desembarcou na Bahia , começou este a estudar os primeiros rudimentos e humanidades, frequentando as escolas dos Jesuítas, que floresçiam então ali , como em toda parte , com grande aproveitamento da mocidade . Mostrava - se Antônio Vieira assíduo e fervoroso nos estudos , e lidava deveras por avantajar - se aos demais seus condiscípulos ; mas conta - se que nos primeiros tempos , apesar da natural vivacidade que desde os mais tenros anos , manifestara, não pudera fazer grandes progressos, pelo não ajudar a memória rude e pesada , e toldada de espessa nuvem .
Era o estudante , grande devoto da Virgem ; e um dia que , ajoelhado ante a Sua imagem, e cheio de pesar e abatimento que lhe causava aquela natural incapacidade, a implorava em fervorosa oração para que o ajudasse a vencer semelhante obstáculo, de repente sentiu um estalo e dor aguda na cabeça, que lhe pareceu que ali acabaria a vida .
Era a Virgem que sem dúvida escutara e deferia a súplica ardente e generosa ; e era o véu espesso, que trazia em tão indigna escuridão aquele juvenil engenho , que num momento se rasgava e desfazia para sempre .
Guiou dali Vieira para a escola com grande alvoroço , e sentiu - se tão outro do que fora até então, que logo animadamente pediu para argumentar com os mais sabedores e adiantados . E a todos venceu e desbancou, com estranhável assombro do mestre que bem conheceu achando naquilo grande novidade .
Assim o referem pelo menos as crônicas da Ordem ; e , se a anedota não é verdadeira , é pelo menos calculada para dar uma cor romanesca e maravilhosa aos primeiros lampejos deste engenho novel, que mais tarde havia deslumbrar o mundo pelo seu extraordinário fulgor " .
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 Pátria - Educadora

" Última flor do Lácio, inculta e bela / és a um tempo , esplendor e sepultura : / ouro nativo , que na ganga impura / a bruta mina entre os cascalhos vela .../ Amo- te assim, desconhecida e obscura ./ tuba de alto clangor , lira singela / que tens o trom e o silvo da procela / e o arroio da saudade e da ternura ! / amo o teu viço agreste e o teu aroma / de virgens selvas e de oceano largo / Amo- te ó rude e doloroso idioma/ em que da voz materna ouvi : - " meu filho ! " / e em que Camões chorou no exílio amargo / o gênio sem ventura e o amor sem brilho ! "
Poema " Língua Portuguesa " , da autoria do gigante Olavo Bilac ( 1865 - 1918 ) .
Minha língua pátria - mãe gentil , desrespeitada e ultrajada por vozes agourentas , banhadas em puro ódio, atropelando substantivos , adjetivos , verbos e advérbios, desnudando uma deseducação digna de pena , tudo sob a as luzes televisivas de uma atordoada Pindorama .
Uma singular e mordaz lição de ensino de bons modos como nos velhos tempos , encontra - se na crônica de José Cândido de Carvalho ( 1914 - 1989 ) , jornalista , advogado e escritor brasileiro :
"Verbos e Gerúndios pelas pontas dos dedos ":
" E o mestre Severino Moscovo , recordando , na porta da Colombo, seus heroicos tempos de professor de gramática em Cruxibais do Alto :
- Aquilo é que era educação ! A gente largava a palmatória na meninada de sair verbos e gerúndios pelas pontas dos dedos . Os mestres tinham o apoio dos pais . Chiquinho Cravo , que depois foi deputado e senador, aprendeu gramática com meia dúzia de aulas de palmatória. Antônio Barbirato , filho do Desembargador Barbirato das Neves , na primeira cacetada que levou na raiz do ouvido , desmaiou . E quando voltou do desmaio estava falando francês. Aquilo é que era ensino !
Hoje , com essa mania de modernismo , o negócio virou da cabeça para os pés. O mestre agora apanha dos alunos . Um colega meu do Educandário Afonso Pena levou uma cabeçada tão ferina que ficou três dias sem fala . Quando recobrou a voz foi para gritar pela progenitora e pedir aposentadoria .
Não falando no caso do Doutor Penedo Riscado. Pegou tanto bofetão nas bochechas que botou pela boca Os Lusíadas de Camões , fora outras obras de pequeno porte . Por essas e outras é que deixei o ensino . A gente amassa um aluno e vai preso . Só porque retirei do seu lugar um par de orelhas , levei processo , fui destratado pelos jornais e comi o pão que o diabo faz em sua padaria de desgraças.
Ensino , nunca mais ! "
Quanta falta fez uma simplória " palmatória " e um vigoroso " puxão de orelhas " na adequada educação de uns cabras barbudos , ou de umas destemperadas cabritas , no tempo certo . Agora que urgia uma boa e corretiva surra de cinturão . Isto sim !
Que Pátria - Educadora que nada !
Uma vergonha, senhores !
- Pindorama , ouve o clamor dos teus filhos enquanto é tempo ! O abismo se avizinha !
Pode ser uma imagem de texto que diz "PÁTRIA EDUCADORA Patria Educadera"
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