sábado, 25 de março de 2023

 Dr. José Adão Lopes

Amigo - irmão , leal , trabalhador incansável , de fácil relacionamento , que transmitia paz e segurança a seus clientes . Uma doce figura humana , ímpar , um exemplar pai de família .
Partiu cedo para o Mundo maior sob a guarda de Deus .
O amor é nosso único parentesco com a eternidade . E a eternidade é uma fração de segundos em que quiséramos permanecer para sempre .
Saudades , Querido Mestre e Amigo !
E até Breve !
Eleuterio .
Pode ser um close-up de rosa
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quarta-feira, 22 de março de 2023

 Planeta Água - Guilherme Arantes

" Água que nasce na fonte serena do mundo / e que abre um profundo grotão / água que faz inocente riacho / e deságua na corrente do ribeirão / águas escuras dos rios / que levam a fertilidade ao sertão/ águas que banham aldeias / e matam a sede da população / águas que caem das pedras / no véu das cascatas , ronco de trovão/ e depois dormem tranquilas / nos leitos dos lagos / água dos igarapés / onde iara , a mãe d'água / é misteriosa canção / água que o sol evapora / pro céu vai embora / virar nuvens de algodão / gotas de água da chuva / alegre arco - íris sobre a plantação / gotas de água da chuva / tão tristes , são lágrimas na inundação / águas que movem moinhos / são as mesmas águas que encharcar o chão / e sempre voltam humildes / pro fundo da terra /
Terra ! Planeta Água! / Planeta Água! /.
" Planeta Água " , composição do ano de 1981 , da autoria de Guilherme Arantes , cantor , compositor e pianista , nascido em 1953 . Desde a década de 70 do século passado compõe pérolas musicais que o tornam um dos clássicos verdadeiros de nossa MPB . E para matar saudades :
" Quando eu fui ferido / vi tudo mudar / das verdades que eu sabia / só sobraram restos / e eu não esqueci / toda aquela paz que eu tinha / eu que tinha tudo / hoje estou mudo / estou mudado / á meia noite , á meia luz / pensando ! / daria tudo por um modo de esquecer / eu queria tanto / estar no escuro do meu quarto / á meia - noite , á meia luz / sonhando ! / daria tudo por meu mundo e nada mais / não estou bem certo / se ainda vou sorrir / sem um travo de amargura / como ser mais livre / como ser capaz / de enxergar um novo dia / eu que tinha tudo / hoje estou mudo / estou mudado / á meia - noite , á meia luz / pensando ! / daria tudo por um modo de esquecer / eu queria tanto/ estar no escuro do meu quarto / á meia - noite , á meia luz / sonhando! / daria tudo por meu mundo e nada mais " .
Composição " Meu mundo e nada mais " , datada de 1976 .
Foto que ilustra o texto mostra o entardecer no Porto das Dunas , litoral leste do Ceará.
Ponto Final !
Pode ser uma imagem de praia, costa, céu, oceano e natureza
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terça-feira, 21 de março de 2023

 Pensares Maneiros

" Gastamos mais dinheiro e temos cada vez menos . Compramos mais e desfrutamos menos . Temos casas maiores e famílias pequenas. Temos autoestradas mais largas , porém pontos de vista mais estreitos .
Mais educação e menos sentido . Mais conhecimento e menos juízo. Mais peritos e maiores problemas . Mais comprimidos e menos bem - estar .
Manejamos muito rápido e nos enfurecemos ligeiro . Rimos muito pouco . Nos recolhemos muito tarde e nos levantamos bem cansados .
Quase não lemos , e vemos demasiada T.V.
E quase numa oramos .
Temos multiplicado nossas propriedades , porém reduzido nossos valores . Falamos demasiado , amamos muito pouco e mentimos quase todo tempo . Temos aprendido a ganharmos a vida , porém não a desfrutá - la . Temos somado anos à vida e não vida aos anos . Temos ido e voltado à lua , porém não podemos cruzar uma rua para conhecer um vizinho . Temos conquistado o espaço exterior , porém não o interior .
Fazemos coisas maiores , porém não melhores . Temos limpado o ar , porém não a alma . Temos dividido o átomo, porém não nossos prejuízos . Escrevemos muito , porém aprendemos pouco . Temos aprendido fazer as coisas mais rápido, porém não a ter mais paciência . Temos ganância mais elevadas , porém a moral mais baixa . Temos mais alimentos e menos paz .
Dispomos de mais informação , porém nos comunicamos menos . Cada vez temos mais quantidade e menos qualidade . Esta é a época da comida rápida e da digestão lenta .
Homens altos , porém de caráter rasteiro . Profundas ganâncias e relações superficiais .
É a época da paz mundial e da guerra doméstica . Mais tempo e menos diversão. Mais tipos de comida e menos nutritivas . Agora temos rendas conjuntas e mais divórcios . Coisas mais belas , porém lares rotos . Esta é a época de viagens rápidas , fraldas descartáveis, moralidade em decadência , paixões de uma noite , corpos com sobrepeso , comprimidos que fazem tudo , desde te animar , acalmar e ... até matar .
Nos dizemos que nossa vida estará completa quando nosso cônjuge for melhor , quando passe a adolescência de nosso filho . Quando tivermos uma casa melhor , quando pudermos sair de férias, quando angariarmos mais dinheiro. A verdade é que não há melhor momento para ser feliz que agora . Se não é agora , será quando ?
A vida sempre estará cheia de direitos ; é melhor admitir e decidir ser feliz de todas as formas " .
Tradução livre de texto da autoria do poeta espanhol Ricardo León ( 1877 - 1943 ) .
Pode ser uma imagem de escultura, ao ar livre e monumento
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segunda-feira, 20 de março de 2023

 Da Cor do Pecado e Curare : Bororó

" Esse corpo moreno / cheiroso e gostoso / que você tem / é um corpo delgado / da cor do pecado / que faz tão bem / esse beijo molhado / escandalizado que você me deu / tem sabor diferente / que a boca da gente / jamais esqueceu / quando você me responde / umas coisas com graça / a vergonha se esconde / porque se revela / a maldade da raça/ esse cheiro de mato / tem cheiro de fato / saudade , tristeza / essa simples beleza / teu corpo moreno / morena , enlouquece / eu nem sei bem porque/ só sinto na vida o que vem / de você " .
Composição " Da cor do pecado " , de autoria de Bororó , lançada em 1939 , na voz de Sílvio Caldas , " o cantor das multidinhas " .
" Você tem boniteza / e a natureza / foi quem agiu / com esse olhos de india / curare no corpo que é bem Brasil / tu és toda Bahia / é a flor do mocambo/ da gente de cor / faz do amor , confusão/ numa misturaçâo / bem banzeira, inzoneira/ que tem raça e tradição / quebra , machuca / minha dor / nega , negrinha/ tudo , tudinho / meu amorzinho / com essa boquinha / vermelhinha , rasgadinha / que tem veneno como o que / conta tristeza e alegria pro seu bem / tudo o que quer dizer / que você é diferente/ dessa gente que finge querer ".
Composição " Curare " , da autoria de Bororó , lançada em 1940 , na voz de Orlando Silva , " o cantor das multidões " .
Bororó ( Alberto de Castro Simões da Silva ) , compositor , instrumentista , e boêmio , nasceu no Rio de Janeiro em 15 de outubro de 1898 , e faleceu em 7 de junho de 1986 . Bororó, cedo aprendeu a tocar violão com o seu pai , dito , Sinhozinho, conhecido violonista e boêmio . O apelido Bororó , acredita - se que teve origem numa história de que um grupo de índios da tribo Bororo, visitou a casa do garoto Alberto . Um professor do garoto por conta de tal fato , aplicou o apelido de Bororó no estudante Alberto de Castro Simões da Silva . Nas décadas de 70 / 80 do século passado grandes nomes da MPB , como João Gilberto , Elis Regina , Ney Matogrosso e Nara Leão , regravaram Bororó .
Pode ser uma imagem de 1 pessoa
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