quinta-feira, 25 de junho de 2015

                                               UM PAÍS JUSTO  / UM PAÍS INJUSTO ?


“ Gostaria de pedir perdão . Peço desculpas pelas vidas que roubei , pelo sofrimento e pelas
dores que causei “ . Assim se expressou o belo jovem  , quase uma criança , de 21 anos  ,
diante do Tribunal  , recentemente ,  num país do Norte .
“ Ninguém recordará que teus professores te apreciavam ,  que eras divertido e um bom atleta
. Cada vez que teu nome for mencionado , será recordado pelo mal que fizeste e pelas mortes
“ , comentou  o severo juiz .
O presente condenado  , provavelmente ,  findará seus  dias , em breve , com uma  injeção
letal nas veias , administradas em uma determinada unidade prisional . Assim reza a lei 
vigente , controversa , sem dúvida , naquele país do Norte .
Transplantemos o cenário para um imaginário  país do sul do equador julgando o mesmo 
criminoso . Na chegada  à  audiência , o jovem acusado , acena com o braço erguido e a mão
fechada , para uma multidão em franco delírio , aos gritos e lágrimas . Após um caloroso
debate sairia  , enfim , a aguardada  sentença : 10 anos de reclusão , com direito a progressão
de pena , por se tratar de réu primário . No final o acusado passaria  , no máximo , 3 anos em
regime fechado .
Na prisão – universidade sob os auspícios do Estado  , ganharia a sociedade um novo pós-
graduado no crime , pronto para delinquir com mais perfeição .  A outra opção oferecida ao
jovem  , de volta  aos braços da senhora liberdade ,  seria a inserção no ambicionado mundo 
político , através da inscrição num dos muitos e  exóticos partidos nanicos  atuantes  . Acresce
que  logo algum alcaide  mais afoito faria erguer um busto do jovem numa praça qualquer ou
abriria um espaço cultural em homenagem ao nobre cidadão em pauta .
No mais  ,  seria usufruir  deste paraíso tropical  , bonito por natureza , sob as bênçãos do
carnaval , do futebol , das belas morenas da cor de Madalena  , das infinitas  praias e das 
impagáveis “ louras geladas “ . E saravá , que ninguém é de ferro   ! .

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