sexta-feira, 11 de agosto de 2017

HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS



Há poucos minutos compartilhei de uma homenagem ao dia dos pais idealizada por crianças, dentre elas, Ana Lis, minha filha de 8 anos, num colégio do Bairro de Dionísio Torres. Um palestrante, na ocasião, deu ênfase a imagem de um Carpinteiro, José, de braços abertos em atitude de proteção a uma Gestante, Maria. Naquele gesto simbólico de José, plasmava-se o amor, o carinho, a proteção, o desvelo, enfim, o fermento em que sólidas raízes dariam origem uma árvore que, definitivamente, produziria bons frutos. Ali em minha volta vivi um gozoso momento onde um grupo de anjinhos a levitar, em infantil graça, cantaram e oraram a Deus, pelos seus pais.

“ Feliz quem não exige da vida mais do que ela espontaneamente lhe dá, guiando-se pelo instinto dos gatos, que buscam o sol quando há sol, e quando não há sol, o calor, onde quer que esteja. Feliz quem abdica da sua personalidade pela imaginação, e se deleita na contemplação das vidas alheias, vivendo, não todas as impressões alheias. Feliz, por fim, esse que abdica de tudo, e a quem, porque abdicou de tudo, nada pode ser tirado nem diminuído.

O campônio, o leitor de novelas, o puro asceta – estes três são os felizes da vida, porque são estes três que abdicam da personalidade- um porque vive do instinto, que é impessoal, outro porque vive da imaginação, que é esquecimento, o terceiro porque não vive, e, não tendo morrido, dorme.
Nada me satisfaz, nada me consola, tudo – quer haja sido, quer não – me sacia. Não quero ter a alma e não quero abdicar dela. Desejo o que não desejo e abdico do que não tenho. Não posso ser nada nem tudo: sou a ponte de passagem entre o que tenho e o que não quero” (Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa).
Obrigado, Ana Lis e demais anjinhos da escola e, parabéns a todos os pais que habitam esse mundo de meu Deus!




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