sábado, 2 de abril de 2016

OS ZULUS, LÁ E CÁ

Para o carnaval brasileiro dos idos de 50, os compositores Antônio Almeida e Antônio Nássara lançaram a marchinha “ O rei Zulu “ gravada por Blecaute (1919- 1983), “ o general da banda “ :
“ Rei zulu-u, o rei zulu / não paga casa, nem comida e anda nu / pode não ter dinheiro para gastar / mas tem mulher para chuchu/ rei zulu não precisa de dinheiro para viver/ tem casa para morar /comida para comer / mulher para namorar / atrás do murundu/ vamos saravá , minha gente ! /salve o rei zulu ! “
Os zulus constituem o maior grupo étnico da África do Sul e foram em tempos pretéritos bravos guerreiros. Entre eles, os homens podem contrair matrimônio com até quatro mulheres. Tem um porém: faz-se necessário o pagamento de um “ dote “ de cerca de vinte mil dólares ao sortudo sogro. Outro porém: em caso da escolhida ser uma mulher branca, nada custa! Pelo visto os brancos, lá e cá, constituem as “ zelites “.
Os zulus adoram política e sofrem uma maléfica influência do comunismo, como lá e cá. E, sim, também, bebem barbaramente, como lá e cá. Caso uma serpente venha a invadir um lar, a mesma será adorada, pois representa o “ espírito “ de um antepassado morto.
Segundo o filósofo e gênio carioca do Meyer, Millôr Fernandes (1934- 2012), “ A história não é uma tragédia, nem se repete como farsa. Pois, individual ou coletivamente, é apenas, e sempre foi, uma velhacaria “ .... como lá e cá !

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