sábado, 4 de abril de 2020

Canção da Chuva /Serenata da Chuva
"Só. A chuva canta lá fora.
O dia está triste e cinzento
Como um inútil pensamento 
De quem contempla a vida - e chora...
A chuva cai , lenta , lá fora...

Parece que tem alma a chuva...
Ela chora assim como a gente,
Sentidamente , amargamente, 
Quando a tristeza nos enviúva...
Deve ser triste a alma da chuva...

E,  neste abandono - que frio !
Mas o coração  está quente,
Cheio de ti, eterna ausente,
No meu quarto vazio...
Coração ardente , que frio !

Alvas mãos de luar ... lábios de uva...
Penso : a saudade, na terra erma,
Na minha alma, dorida e enferma, 
Chora e canta como esta chuva"

 "Canção da Chuva" , da autoria do poeta e educador cearense, nascido no município de Lavras da Mangabeira , Antônio Filgueiras Lima (1909 - 1965 ).

Serenata da Chuva 

"Só,  lá fora a chuva que cai...
Só,  eu pego o meu violão, 
Ah, tanjo o bordão e está canção, 
 tão triste sai

Sou um seresteiro a sonhar, só,  
sem ter ninguém,  sem luar,
Canto e a chuva fria cai,
Canto nesta noite assim,
Chove solidão,  dentro de mim.

Onde andará,  neste momento o meu amor
Que pensará longe de mim,
Sem meu calor.
Tão sozinho agora estou,
Canto e a chuva não tem fim,
Chove está saudade,  sobre mim.
Canto e a chuva fria cai,
Canto nesta noite , assim
Chove esta saudade , sobre mim"

Composição musical " Serenata da Chuva" , da autoria de Evaldo Gouveia (1928 - ), e Jair Amorim (1915 - 1993 ).

Nenhum comentário:

Postar um comentário