quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018



A GRIPE INFLUENZA EM POUCAS PALAVRAS

A gripe influenza caracteriza-se como uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de fácil transmissibilidade, distribuição global, comumente vista em surtos anuais de extensão, gravidade e magnitude variáveis.
Myxovirus influenzae é o agente etiológico da gripe, também conhecido como vírus influenza. Tal denominação deriva da crença errônea que relacionava a pressuposta “influência” dos astros com a ocorrência de epidemias. Era a força da astrologia antiga permeando assuntos terrenos.
Os vírus são partículas inertes, uma vez que não têm vida própria, dependendo das células do hospedeiro para se replicarem. Os vírus da gripe se dividem em três tipos (A, B e C). Apenas os tipos A e B têm relevância para os seres humanos. Os vírus influenza A são divididos em subtipos conforme suas glicoproteínas de superfície: hemaglutinina (H), em número de 16 e neuraminidase (N), no número de 9. Assim temos os subtipos H1NI (gripe suína), H2N2 e H3N2 (gripe de Hong Kong ou Australiana), por exemplo.
No Brasil, a segunda estirpe mais comum é a H3N2. O estado do Ceará, vivendo no primeiro semestre de 2018 sua quadra invernosa regular, precisa se preparar para um eventual surto de gripe influenza. Os postos de saúde e as emergências dos hospitais já evidenciam um substancial aumento na frequência dos quadros de “viroses respiratórias, intestinais e oculares”.
Faz parte das queixas dos clientes: febre, calafrios, dor de cabeça, tosse seca ou cheia, congestão nasal, dor de garganta, vômitos, diarreia, dor muscular, lacrimejamento e conjuntivite.
Os quadros graves podem evoluir para pneumonia, meningite, encefalite e síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) demandando pronto internamento e cuidados intensivos.
O modo de transmissão da gripe influenza faz-se através de perdigotos (tosse ou espirro) ou contato direto das mãos ou dos olhos com as mãos dos portadores de vírus.
Os medicamentos antivirais disponíveis possuem melhor eficácia se tomados nas primeiras 48 horas do início dos sintomas. Existem 5 tipos de fármacos:
Oseltamivir (Tamiflu); zanamivir (Relenza); peramivir (Rapavid); Amantadina e Rimantadina.
O tamiflu, pela praticidade e melhor acesso no Brasil, continua sendo a mais prescrita medicação para o combate da gripe influenza A, entre nós. Cumpre salientar que a utilização de antibióticos de nada adiantará, a menos que haja uma infecção secundária bacteriana, posto que, tais fármacos não atuam sobre vírus.
Crianças, gestantes, idosos e portadores de doenças crônicas debilitantes, constituem os grupos de maiores riscos de morbimortalidade, exigindo redobrado cuidado e pronta administração de fármacos.
Para a prevenção da gripe influenza é disponibilizada uma vacina, que conforme orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), deve contemplar pelo menos três estirpes dos vírus influenza: duas estirpes de influenza A (H1N1 e H3N2); e uma ou duas estirpes de influenza B. A prescrição da vacina é livre para grávidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário