segunda-feira, 23 de julho de 2018

RELEMBRANÇAS

Voltando a um passado de 50 anos , quando pegava " carretilha " usando tábua de engomar adaptada como prancha nas proximidades da Ponte dos Ingleses , na Praia de Iracema.

 Vez por outra saía a nado desta Ponte , evitando as longarinas horizontais , verdadeiras armadilhas , e ia até a Ponte Metálica. Claro que eu era imortal e feliz.

Hoje , na minha segunda infância, apenas pego pequenas ondas com os devidos cuidados com fins de evitar acidentes maneiros.

" Faz muito tempo/que eu não vejo/ o verde daquele mar quebrar/nas longarinas da Ponte Velha/que ainda não caiu/faz muito tempo/que eu não vejo/ o branco da espuma espirrar/naquelas pedras/com a sua eterna/ briga com o mar /uma a uma as coisas vão sumindo/ uma a uma se desmilinguindo/só eu e a Ponte Velha teimam resistindo/e a nova jangada de vela/pintada de verde e encarnado/só meu mote não muda a moda/não muda nada/e o mar engolindo lindo/a antiga Praia de Iracema/e os olhos verdes da menina/ lendo o meu mais novo poema/e a lua viu desconfiada /a noiva do sol com mais um supermercado/era uma vez meu castelo/ entre mangueiras/e jasmins florados/e o mar engolindo lindo/e o mar engolindo rindo/Beira-Mar/ êê/Beira-Mar/ê, maninha/arma aquela rede branca/que eu estou chegando agora "

Longarinas , canção de Ednardo !



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