segunda-feira, 30 de maio de 2016

SOBRE LOBOS, CÃES E RATAZANAS: UMA FÁBULA

Certa feita nos primórdios dos tempos num arraial perdido no oco do mundo estavam em pé de guerra, lobos- alguns com pele de cordeiro-, cães ferozes afeitos aos duros embates e traiçoeiras ratazanas. O gatilho que desencadeou a perigosa pendência naquela urbe foi uma ascensão atípica ao poder pátrio de um velho lobo casmurro e acostumado a decisões nas caladas da noite, onde fixava frouxas leis protetoras aos seus pares de comando. Os cães ladraram mais agressivos que nunca prometendo uma luta titânica enquanto perdurasse tal anomalia no poder pátrio. Para piorar as coisas, uma ratazana balofa, mais suja do que pau de galinheiro, oriunda das caatingas de velhos grotões, deu com a língua nos dentes para salvar sua pele e detonar os cães e os lobos da república bananeira dos bichos, em destaque. Não vai sobrar, pelo visto, pedra sobre pedra, nem nada para comemorar. Não vai ter chope. Vai ter o caos animalesco.
As coisas no mundo das feras terão comumente este epílogo dantesco sempre que tais seres inferiores tentarem imitar, mesmo que de maneira enviesada, o tinhoso bicho –homem.
Moral da história:
“ Quem avisa, amigo é “
“ Guarda-te de homem que não fala e de cão que não ladra “
“ Gente ruim não precisa de chocalho “
“ De burro só se espera coice “
“ Burro bravo dá coice até no vento “
“ Cachorro que come ovelha só deixa depois que morre “
“ A bom entendedor, piscada de olho é mandado “

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