quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

 Dumont - O Pai da Aviação

Alberto Santos Dumont ( 1873 - 1932 ) , cientista , inventor e aeronauta brasileiro, nasceu em Palmira , no estado de Minas Gerais . Seus pais foram Henrique Dumont ( engenheiro ) , e Francisca Santos Dumont. O garoto Alberto desbravou o mundo das máquinas numa grande fazenda de café de propriedade paterna. Em seguida matriculou - se no colégio " Culto à Ciência " , localizado em Campinas , no interior de São Paulo. O jovem Alberto , com 1, 60 metros de altura e pesando 50 quilos, em breve se tornaria um gigante na história da aviação mundial.
Começou com um balão impulsionado pelo vento . A seguir , com um artefato motorizado , o " Petit Santos " abocanhou um prêmio de 100.000 francos , por conta de um vôo exitoso em torno da Torre Eiffel , na França.
Em 04 de janeiro de 1910 , Santos Dumont sofreu um grave acidente , com seu avião particular " Demoiselle ". O desencadear da Primeira Guerra Mundial abalou de vez a frágil saúde de Santos Dumont, que não concebia o uso militar da aviação.
Numa viagem ao Brasil , em 1928 , o grande inventor brasileiro, a bordo de um navio, seria saudado em sua chegada ao Rio de Janeiro por 12 ocupantes ilustres de um hidroavião, que explodiu, à sua frente, levando todos os ocupantes para o fundo do mar. Mais um baque para a sensível alma de Dumont.
No dia 23 de julho de 1932 , em pleno curso da Revolução Constitucionalista, em São Paulo, partia Santos Dumont para sua última viagem , agora em segurança nas asas de anjos para usufruir de um novo mundo num eterno " céu de brigadeiro " .
Para amenizar um pouco o ar pesado , segue uma crônica do grande jornalista e acadêmico José Cândido de Carvalho ( 1914 - 1989 ) :
" E entusiasmado com o foguetão que jogou um punhado de gente na Lua , o vereador Arubinha Pinto , de São José do Pontal , atrelado numa cadeira, fez comício na porta do Cine Imperial . Quanto mais falava , mais subia nos móveis e utensílios. Da cadeira à aba da janela e da aba da janela às partes mais altas do Cine Imperial.
De repente estava na cumeeira, agarrado na vara do para - raio.
E era rente do céu, estrelado de entusiasmo, que Arubinha expedia seu discurso para o povo amontoado na Praça do Piolho. O ferreiro
Lalau Paranhos , que muito gostava de Arubinha , aconselhou com voz de martelo na bigorna :
- Desce , compadre. Tu não é bem - te - vi, tu nem aeroplano é. Cuidado com tua chiada dos peitos . Olha o vento encanado, compadre Arubinha !
Nas alturas, sacudindo a vara do para - raio, Arubinha soltava patriotismo pelas tarraxas em defesa de Santos Dumont. Assim :
- Uma banana das graúdas para quem apregoar que o Dr. Santos Dumont não inventou a avionagem. Foi ele e mais ninguém! Rebento o focinho do primeiro que garantir que não foi. Se não fosse sua inventaria, bem que esses gringos nunca que botavam o pé na Lua. Nunca !
Voa de aeroplano , Arubinha . Solta fumaça pela cauda , faz barulhinho de maxambomba, mete os peitos e ganha altura que a gente garante tua viúva com uma pensão do governo. Vai Arubinha . Os Santos Apóstolos já estão na boca de espera . Vai que o céu não tem caroço!
Entusiasmado , Arubinha abriu os braços, saltou e morreu. Como um ovo esparramado na Praça do Piolho ".
Ponto final !
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