segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Saudades de Capistrano de Abreu

João Capistrano de Abreu, historiador e geógrafo brasileiro, nasceu a 23 de outubro de 1853, no município de Maranguape, no Ceará, e faleceu a 13 de agosto de 1927, no Rio de Janeiro. Filho primogênito do casal Jerônimo Honório de Abreu e Antônia Vieira de Abreu.
Cumpriu seus estudos em Fortaleza e Recife , e depois migrou para o Rio de Janeiro, onde triunfou com galhardia num rigoroso concurso para lente do tradicional Colégio Pedro II, na disciplina de História, no ano de 1883.
Bem moço ainda , dotado de notável inteligência e inveterado estudioso, logo despontou nos estudos da Historiografia , Corografia e Etnografia. Foi , com efeito, o maior historiador brasileiro, intérprete arguto e crítico penetrante dos fatos de nossa formação histórica. Na sua opulenta bibliografia cabe destacar :
O Descobrimento do Brasil (1929 ),
Capítulos da História Colonial ( 1934 ),
Caminhos Antigos e Povoamento do Brasil ( 1930 ),
Ensaios e Estudos ( 1931 ),
Correspondências ( 1938 ).
Capistrano de Abreu , uma vez convidado para fazer parte da Academia Brasileira de Letras, declarou, escusando - se, que a única sociedade de que fazia parte era o gênero humano, e isso mesmo porque não podia demitir - se. Os livros que deixou constituíram para ele , simples notas de uso pessoal, de que , pode - se dizer , os amigos se apossaram . Ele, por sua vontade, os teria destruído a todos, para que não ficasse na terra vestígio algum de sua passagem .
" Eu proporia que se substituíssem todos os capítulos da Constituição por : - Artigo Único: todo brasileiro fica obrigado a ter vergonha na cara !" , vaticinou certa feita o nobre cearense.
Em Pindorama , nos nebulosos dias hodiernos , um dos pilares fundamentais da Democracia , soçobra sob a batuta de vetustos senhores que em nome de uma deusa , ora cega, surda e manca, impõem duras penas aos pobres e desvalidos cidadãos. Em contrapartida , acariciam com mimos uma corja de ricos malfeitores , a troco de um aliciante tilintar de moedas de ouro.
O povo pacato e ordeiro assiste, bovinamente , o afundamento de Pindorama num mar de lama e petróleo, já ouvindo o rufar dos tambores da Batalha Final do Armagedom !
Acorda , Pindorama !

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