terça-feira, 8 de março de 2016


SÓ HOJE NÃO, SEMPRE

O ar que renova; o mel que adocica; a água que benze e aplaca a sede; o alimento que vivifica; o morno colo que acalenta; a doce mão que embala a alva rede dos sonhos, dia- após –dia; o firme amparo nas muitas quedas; não sou eu, és tu, sempre!

De Mário Benedetti (1920- 2009), poeta, escritor dramaturgo uruguaio, segue a tradução livre do poema “ Vice-Versa “:

“ Tenho medo de te ver

Necessidade de te ver

Esperança de te ver

Pernas bambas de te ver

Tenho vontade de te encontrar

Preocupação de te encontrar

Certeza de te encontrar

Pobres dúvidas de te encontrar

Tenho urgência de te ouvir

Alegria de te ouvir

Boa sorte de te ouvir

E temores de te ouvir

Ou seja

Estou fodido

 E radiante

Talvez mais o primeiro

Do que o segundo

E também

Vice-Versa “

Assim, com uma flor, hoje e sempre! Um fraterno abraço!

 

 

 

 

 

 

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