sexta-feira, 11 de março de 2016


A NOVA ROUPA DO REI

Há muito tempo num gigante “ Reino de Bananas “ perdido no meio do mundo, um rei boquirroto, ególatra e etilista, esbanjava riquezas em bens supérfluos com chácaras, apartamentos, vinhos e roupas caras. Um belo dia, dois trapaceiros passando- se por tecelões propuseram ao tolo monarca a confecção de luxuosas indumentárias possuidoras de uma característica ímpar: tornavam – se invisíveis para súditos imbecis, parvos ou incompetentes. Deste modo os dois vigaristas tecelões consumiram noites e dias “ elaborando “ as tais novas roupas do rei. O monarca pagou antecipadamente, com dinheiro de origem obscura, a tal rica encomenda. No dia aprazado, o rei e os ministros compareceram para fazerem a prova das roupas. Despido o monarca, os dois tecelões foram colocando “ as roupas finas “ costuradas cuidadosamente. Nenhum dos presentes queria passar por parvo, embora não vissem, de fato, patavina de roupas. E todos, constrangidos, elogiavam a indumentária nova do rei. E assim foram em cortejo para as ruas até que súbito um garoto gritou, para espanto de todos:

  “ – o rei está nu! “ .

“ – falou a voz da inocência “ bradou o pai do menino.

Apenas os dois malandros tecelões, os fanáticos cegos, seguidores do decrépito monarca teimavam em “ ver “ as novas roupas do rei. Outrossim, um nobre magistrado com nome de santo da Igreja da Idade Média, dignou- se colocar à disposição do monarca uma roupa de verdade, com listras verticais, que caem muito bem no dito monarca em apuros. Senhores, o reino não vai pegar fogo e pode estar aí o princípio da redenção do gigante Reino de Bananas.

Claro está que a descrição acima trata-se de uma fábula de Hans Christian Andersen ( 1805- 1875 ) com o nome de “ A Nova Roupa do Rei “ .

 

 

 

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