sexta-feira, 1 de setembro de 2023

 Em Custódia - Olavo Bilac

" Quatro prisões , quatro interrogatórios...
Há três anos que as solas dos sapatos
Gasto , a correr de Herodes a Pilatos ,
Como Cristo , por todos os pretórios !
Pulgas , baratas , percevejos , ratos ...
Cartas sinistras de espiões notórios...
Fedor de escarradeiras e micróbios...
Catingas de secretas e mulatos ...
Para tantas prisões é curta a vida !
- Ó Dutra , Ó Melo , Ó Valadão ! Ó diabo !
Vinde salvar - me ! Vinde em meu socorro !
Livrai - me desta fama imerecida
Fama de Ravachol , que arrasto ao rabo ,
Como uma lata ao rabo de um cachorro. "
Soneto " Em Custódia " , da lavra do gigante Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac ( 1865 - 1918 ) , mega - poeta e cronista que certa feita resolveu criticar pela imprensa o governo Floriano Peixoto ( Marechal de Ferro ) , tendo recebido em troca a prisão, e no cárcere escreveu este mimoso soneto , onde cita a figura de Ravachol , um famoso anarquista francês , " lançador de bombas " , em ações contra a terceira república francesa .
Hodiernamente , republiquetas de bananas , situadas na sofrida América Latrina , promovem aleatoriamente , prisões de cidadãos , em tétricas masmorras , sem quaisquer julgamentos , ao arrepio da lei , em nome de uma justiça cega , surda e manca , amparada por uma certa podre mídia esquerdopata e antipatriótica .
Summum ius summa iniuria ( Perfeita justiça perfeita injustiça ) .
Isso não vai terminar bem !
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