quinta-feira, 10 de novembro de 2016

UM PESADELO MEDONHO


Suando em bicas me alui da rede alva de Jaguaruana  em pleno breu da noite. De novo um medonho pesadelo: dois ursos brancos, um franzino (o pai) e um obeso  raivoso (o filho) , creio que , sem  muita certeza , oriundos da Sibéria ou do Alasca . 

Urravam abraçados ao som de tambores e trombetas, danados, lembrando a Guerra do Armagedon presente no livro bíblico do Apocalipse, que no versículo 16 diz: “ E ajuntaram-nos no lugar que em hebraico se chama Har- Magedon “ , localizado na terra de Canaã .
Já achei a explicação! Fui dormir com a vitrola Philco ligada num disco de Raul Seixas (1845- 1989), cantor, compositor e produtor musical, o “Maluco Beleza“ ou o “Pai do Rock Brasileiro“:

“ Ói , ói o trem , vem surgindo de trás das montanhas azuis , olha o trem/ói , ói o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho éon/ ói , já evém , fumegando , apitando , chamando os que sabem do trem /ói , é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem /quem vai chorar , quem vai sorrir ?/quem vai ficar , quem vai partir ?/pois o trem está chegando , tá chegando na estação/é o trem das sete horas , é o último do sertão , do sertão /ói , olhe o céu , já não é o mesmo céu que você conheceu , não é mais /vê ,ói que céu , é um céu carregado e rajado , suspenso no ar/vê é o sinal das trombetas , dos anjos e dos guardiões/ói , lá vem Deus , deslizando no céu entre brumas de mil megatons /ói , olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem/ num romance astral / Amém !” .     

“O Trem da Sete” .

“Você me pergunta  /aonde eu quero chegar/se há tantos caminhos na vida/e pouca esperança no ar/e até a gaivota que voa /já tem seu caminho no ar/o caminho do fogo é a água/o caminho do barco é o porto /o do sangue é o chicote/o caminho do reto é o torto /o caminho do bruxo é a nuvem/o da nuvem é o espaço/o da luz é o túnel /o caminho da fera é o laço /o caminho da mão é o punhal/o do santo é o deserto /o do carro é o sinal /o do errado é o certo /o caminho do verde é o cinzento /o do amor é o destino /o do cesto é o cento /o caminho do velho é o menino /o da água é a sede/o caminho do frio é o inverno /o do peixe é a rede/o do pio é o inferno /o caminho do risco é o sucesso /o do acaso é a sorte /o da dor é o amigo /o caminho da vida é a morte “ .          “Caminhos”.


Tomo um suco de maracujá e caio novamente nos braços de Morfeu enquanto a carruagem do rei Hélios não aparece no horizonte!

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