terça-feira, 9 de fevereiro de 2016


A TRINCA DO MAL:  UMA FÁBULA

 


Era uma vez três lindas mulheres que num bosque viviam nos confins do mundo, onde o cão perdeu as botas. Apareceu, então, como soe acontecer neste tipo de narração, um gênio do mal, dono de um laboratório com expertise em manipulação e miniaturização de criaturas. Assim nasceu a “ trinca do mal “ que trasmudou aquelas três belezas humanas em “ Bika, Tricungunha e Bengue “. Estes três seres agora microscópicos, confinados àquele fim de mundo, viveriam eternamente sem causar danos a outrem, desde que não saíssem por aí pelo mundo afora.

A “ trinca do mal “ sabia quão funesto e insosso seria consumir toda a eternidade sem certas condições como aglomerado humano, saneamento básico insuficiente, forte desnutrição proteica e calórica das indigitadas pessoas. Partira, enfim, em suas mini-vassouras eletrônicas para um certo paraíso insano no sul do equador onde inexiste o pecado e o deus Baco ainda mantém seu trono.

Em meio a uma seminua multidão ébria e parva a dançar ao som de atabaques e tamborins de couro de gato, em transe a gritar um mantra “ trá, trá, trá, trá “, as três irmãs do mal se infiltraram na dionisíaca festa que irá se prolongar até agosto na “ Cidade Maravilhosa “, cheia de encantos mil, ao som dum “ trá, trá, trá, trá “ de verdade, descendo do morro para a cidade  com afinadas vozes de “ AR–15 e Kalashnikov “.

O final da história só Deus sabe e que Ele tenha piedade de nós! .

Nenhum comentário:

Postar um comentário