HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS
Há poucos
minutos compartilhei de uma homenagem ao dia dos pais idealizada por crianças,
dentre elas, Ana Lis, minha filha de 8 anos, num colégio do Bairro de Dionísio
Torres. Um palestrante, na ocasião, deu ênfase a imagem de um Carpinteiro,
José, de braços abertos em atitude de proteção a uma Gestante, Maria. Naquele
gesto simbólico de José, plasmava-se o amor, o carinho, a proteção, o desvelo,
enfim, o fermento em que sólidas raízes dariam origem uma árvore que, definitivamente,
produziria bons frutos. Ali em minha volta vivi um gozoso momento onde um grupo
de anjinhos a levitar, em infantil graça, cantaram e oraram a Deus, pelos seus
pais.
“ Feliz quem
não exige da vida mais do que ela espontaneamente lhe dá, guiando-se pelo
instinto dos gatos, que buscam o sol quando há sol, e quando não há sol, o
calor, onde quer que esteja. Feliz quem abdica da sua personalidade pela
imaginação, e se deleita na contemplação das vidas alheias, vivendo, não todas
as impressões alheias. Feliz, por fim, esse que abdica de tudo, e a quem,
porque abdicou de tudo, nada pode ser tirado nem diminuído.
O campônio,
o leitor de novelas, o puro asceta – estes três são os felizes da vida, porque
são estes três que abdicam da personalidade- um porque vive do instinto, que é
impessoal, outro porque vive da imaginação, que é esquecimento, o terceiro
porque não vive, e, não tendo morrido, dorme.
Nada me
satisfaz, nada me consola, tudo – quer haja sido, quer não – me sacia. Não
quero ter a alma e não quero abdicar dela. Desejo o que não desejo e abdico do
que não tenho. Não posso ser nada nem tudo: sou a ponte de passagem entre o que
tenho e o que não quero” (Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa).
Obrigado,
Ana Lis e demais anjinhos da escola e, parabéns a todos os pais que habitam
esse mundo de meu Deus!
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