sábado, 26 de agosto de 2017



Duas tragédias anunciadas


Em Brasindia consumou-se há pouco, novamente, duas esperadas tragédias n' água , frutos da irresponsabilidade do atual desgoverno , que tem um olhar protetor, apenas, para as graúdas ratazanas planaltinas. Aos " vidas de gado, povo marcado, povo in-feliz" , restam serem amparados no regaço definitivo de Iemanjá ( na Bahia) e Oxum ( no Pará ). E nenhuma palavra de consolo de autoridades do governo nem dos responsáveis pelas empresas de transportes.

" Não sou eu quem me navega/quem me navega é o mar/é ele quem me carrega/como nem fosse levar/e quanto mais remo mais rezo/pra nunca mais acabar/ essa viagem que faz/ o mar em torno do mar/meu velho um dia falou/ com seu jeito de avisar:/-olha o mar não tem cabelos onde se possa agarrar /timoneiro nunca fui/ que eu não sou de velejar /o leme da minha vida/Deus é quem faz governar /e quando alguém me pergunta/ como se faz pra nadar/explico que eu não navego/ quem me navega é o mar/a rede do meu destino /parece a de um pescador/quando retorna vazia /vem carregada de dor/vivo num redemoinho /Deus bem sabe o que ele faz/a onda que me carrega/ ela mesma é quem me traz"
Timoneiro, de Paulinho da Viola .

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