AS MOIRAS OU PARCAS
Desde os primórdios da humanidade, na Grécia e Roma de antanho o bicho – homem especulava sobre o livre arbítrio e o seu destino terreal. Entendia ele que sobre o nascimento e a morte nada podia ser feito.
Deste modo surgiram as lendas sobre as três moiras (gregas) ou parcas (romanas) que representavam a fatalidade do destino e a impotência do homem quanto ao fim de seus dias.
Tais irmãs nasceram de Moro e Nix ou , para outros , nasceram de Jupiter e Temis . Elas se chamavam:
Cloto (fiar): segurava o fuso e tecia a linha da vida.
Laquesis (sortear): puxava e enrolava o fio da vida.
Atropos (inevitável): cortava o fio da vida.
Cloto (fiar): segurava o fuso e tecia a linha da vida.
Laquesis (sortear): puxava e enrolava o fio da vida.
Atropos (inevitável): cortava o fio da vida.
“ ... Somos muitos Severinos/ iguais em tudo na vida/na mesma cabeça grande/ que se equilibra/no mesmo ventre crescido/sobre as mesmas pernas finas/e iguais também porque o sangue/que usamos tem pouca tinta / Somos muitos Severinos /iguais em tudo na vida/morremos de morte igual/mesma morte Severina:/ que é a morte que se morre/de velhice antes dos trinta/de emboscada antes dos vinte /de fome um pouco por dia/( de fraqueza e de doença/ é que a morte severina / ataca em qualquer idade/e até gente não nascida ) “. Excertos do poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto (1920 -1999).
Assim assistimos diuturnamente desfilarem à nossa frente Severinos selecionados pelas parcas ou moiras: Getúlios, Jangos, Juscelinos , Vladimires , Celsos , Danieis , Sombras e outros que tais . Umas perdas causam certo impacto e outras um reconfortante alívio!
E que a terra lhe seja leve!
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