O ACIDENTE AÉREO DE
CASTELO BRANCO EM 1967
Às 9: 00 h do dia 18 de julho de 1967 uma aeronave de
pequeno porte pertencente ao Governo do Estado do Ceará, um Piper Aztec PA –
23, registro PP-ETT, partiu de Quixadá, no interior do Ceará com destino a
Fortaleza. O pequeno avião transportava, dentre outros, o marechal cearense
Humberto de Alencar Castelo Branco que há pouco mais de três meses encerrara o
seu mandato de presidente da república do Brasil (1964 -1967). O Marechal
Castelo Branco fora cumprir uma visita de cortesia a sua conterrânea e parente,
a grande dama da literatura cearense Rachel de Queiroz (1910 – 2003), em sua
fazenda “ Não me Deixes “ no município de Quixadá.
No mesmo horário, 9 :00 h da manhã, em Fortaleza, decolaram
da Base Aérea quatro jatos Lockheed TF -33ª, sob o comando do Tenente Areal
para um treinamento de rotina. Às 9h 52 min, a 450 metros de altitude, sobre o
bairro de Mondubim em Fortaleza ocorreu o choque entre o Piper que conduzia o
marechal Castelo Branco e um dos jatos da Força Aérea sob o comando do
aspirante Alfredo Malan D’Angrogne: a ponta da asa esquerda do jato tocou a
cauda do Piper que perdendo seu estabilizador, produziu, incontinenti, a queda
da pequena aeronave. O jato conseguiu prosseguir voo e realizou em seguida um
pouso de emergência na Base Aérea de Fortaleza.
Encontravam- se a bordo do Piper acidentado: o comandante
Celso Tinoco Chagas; o co– piloto Emilio Celso Chagas, filho do piloto Celso; o
marechal Castelo Branco; Cândido Castelo Branco, irmão do marechal Castelo
Branco; a escritora cearense Alba Frota e o major Manuel Neponuceno. De todos,
sobreviveu apenas o jovem co- piloto Emílio Celso Chagas.
Um relatório produzido pelo Serviço de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos, datado de 21 de novembro de 1967, assinado pelo
tenente – brigadeiro -do- ar Araripe Macêdo trouxe poucos esclarecimentos a
respeito do trágico acidente aéreo.
Outros acidentes da mesma ordem abatendo figuras públicas
sempre geraram, além da comoção esperada, dúvidas sobre as circunstâncias em
que ocorreram tais tragédias:
1958: Morte de Nereu Ramos, ex - presidente da república do
Brasil.
!961: Morte de Roberto Silveira, governador do Rio de
Janeiro.
1973: Morte de Filinto
Muller, líder do governo militar no Senado.
1982: Morte de Clériston
Andrade, ex- prefeito de Salvador.
1987: Morte de Marcos Freire, ministro da Reforma Agrária.
1992: Morte de Ulysses
Guimarães, um dos líderes do PMDB, cujo corpo nunca foi encontrado.
2003: Morte de José Carlos Martinez, deputado federal.
2014: Morte de Eduardo Campos, ex- governador de Pernambuco
e candidato a presidente da república.
2017: Morte de Teori Albino Zavascki , ministro do Supremo
Tribunal Federal .
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