A TRINCA DO MAL: UMA FÁBULA
Era uma vez três lindas mulheres que num bosque viviam nos
confins do mundo, onde o cão perdeu as botas. Apareceu, então, como soe
acontecer neste tipo de narração, um gênio do mal, dono de um laboratório com
expertise em manipulação e miniaturização de criaturas. Assim nasceu a “ trinca
do mal “ que trasmudou aquelas três belezas humanas em “ Bika, Tricungunha e
Bengue “. Estes três seres agora microscópicos, confinados àquele fim de mundo,
viveriam eternamente sem causar danos a outrem, desde que não saíssem por aí pelo
mundo afora.
A “ trinca do mal “ sabia quão funesto e insosso seria
consumir toda a eternidade sem certas condições como aglomerado humano, saneamento
básico insuficiente, forte desnutrição proteica e calórica das indigitadas pessoas.
Partira, enfim, em suas mini-vassouras eletrônicas para um certo paraíso insano
no sul do equador onde inexiste o pecado e o deus Baco ainda mantém seu trono.
Em meio a uma seminua multidão ébria e parva a dançar ao som
de atabaques e tamborins de couro de gato, em transe a gritar um mantra “ trá,
trá, trá, trá “, as três irmãs do mal se infiltraram na dionisíaca festa que
irá se prolongar até agosto na “ Cidade Maravilhosa “, cheia de encantos mil,
ao som dum “ trá, trá, trá, trá “ de verdade, descendo do morro para a cidade com afinadas vozes de “ AR–15 e Kalashnikov “.
O final da história só Deus sabe e que Ele tenha piedade de
nós! .
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