Millôr Fernandes, Um Gênio
Milton Viola Fernandes ( 1923 - 2012 ), ou Millôr Fernandes, foi um ícone da cultura brasileira , um humanista com um visão cética do mundo.
Um ser múltiplo e genial: poeta , humorista, jornalista, artista plástico ( 4 exposições) , escritor ( 36 livros ) , teatrólogo ( 22 peças) , tradutor ( 60 peças) , e mais, ator e filósofo.
Desde cedo na vida exerceu atividades laborais, começando aos 14 anos de idade na Revista O Cruzeiro, de Assis Chateaubriand. Viveu entre os grandes e sempre mexeu com os poderosos de plantão.Reuniu em sua volta, figuras como Ziraldo, Jaguar , Stanislaw Ponte Preta , Paulo Francis, Henfil, Fortuna , Luís Carlos Maciel.
Desde cedo na vida exerceu atividades laborais, começando aos 14 anos de idade na Revista O Cruzeiro, de Assis Chateaubriand. Viveu entre os grandes e sempre mexeu com os poderosos de plantão.Reuniu em sua volta, figuras como Ziraldo, Jaguar , Stanislaw Ponte Preta , Paulo Francis, Henfil, Fortuna , Luís Carlos Maciel.
Em sua estreia na Revista Veja, no ano de 1968 escreveu :
" E lá vou eu de novo sem freios nem paraquedas. Saiam da frente, ou debaixo que , se não estou radioativo, muito menos estou radiopassivo... Já não se fazem Millôres como antigamente! Nasci pequeno e cresci aos poucos. Primeiro me fizeram os meios e , depois as pontas. Só mais tarde cheguei aos extremos... Fiz três revoluções, todas perdidas, a primeira contra Deus, e ele me venceu com um sórdido milagre . A segunda com o destino, e ele me bateu, deixando - me só com o meu pior enredo. A terceira contra mim mesmo, e a mim me consumi, é bom parar por aqui... Creio que a terra é chata. Procuro não sê- lo. Nunca ninguém me ensinou a pensar , escrever ou a desenhar, coisa que se percebe facilmente, examinando qualquer dos meus trabalhos"
" E lá vou eu de novo sem freios nem paraquedas. Saiam da frente, ou debaixo que , se não estou radioativo, muito menos estou radiopassivo... Já não se fazem Millôres como antigamente! Nasci pequeno e cresci aos poucos. Primeiro me fizeram os meios e , depois as pontas. Só mais tarde cheguei aos extremos... Fiz três revoluções, todas perdidas, a primeira contra Deus, e ele me venceu com um sórdido milagre . A segunda com o destino, e ele me bateu, deixando - me só com o meu pior enredo. A terceira contra mim mesmo, e a mim me consumi, é bom parar por aqui... Creio que a terra é chata. Procuro não sê- lo. Nunca ninguém me ensinou a pensar , escrever ou a desenhar, coisa que se percebe facilmente, examinando qualquer dos meus trabalhos"
" Só uma coisa preenche tudo - o nada "
" Só conheço um afrodisíaco - mulher "
" Quem não lê é mais analfabeto do que quem não sabe ler"
" Brasil, a prova de que geografia não é destino"
Nas noites de Brasília, cheias de mordomia, todos os gastos são pardos "
Brasília prova ; os países também se suicidam"
" Inflação- onde comem dois , come um "
" Em Brasília não se chama mais ninguém de ladrão, mas de pessoa movida pela ideologia da propina ".
" Só conheço um afrodisíaco - mulher "
" Quem não lê é mais analfabeto do que quem não sabe ler"
" Brasil, a prova de que geografia não é destino"
Nas noites de Brasília, cheias de mordomia, todos os gastos são pardos "
Brasília prova ; os países também se suicidam"
" Inflação- onde comem dois , come um "
" Em Brasília não se chama mais ninguém de ladrão, mas de pessoa movida pela ideologia da propina ".
Millôr Fernandes deixou órfão o Brasil que tanto amou, no dia 27 de março de 2012 aos 88 anos de idade.
Seu epitáfio: " Não contem mais comigo "
Um gênio !
Seu epitáfio: " Não contem mais comigo "
Um gênio !
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