quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020



Meu Bloco da Solidão
Terça - feira de Carnaval 2020 , arrumando o palco de desfile do meu Bloco da Solidão, na Praça Rogério Fróes, em Fortaleza, numa apresentação especial para "Bentevis, Rolinhas Caldo de Feijão, e Periquitos Australianos",
todos devidamente acomodados e silentes nas "arquibancadas de Cajueiros, Mangueiras , e Tamarindeiros" da praça:
"Angústia, solidão
Um triste adeus em cada mão
Lá vai meu bloco, vai
Só desse jeito é que ele vai
Na frente sigo eu
Levo o estandarte de um amor
Amor que se perdeu no carnaval
Lá vai meu bloco e lá vou eu também
Mais uma vez sem ter ninguém
No sábado, domingo
Segunda e terça- feira
E quarta - feira vem, o ano inteiro
É sempre assim
Por isso quando eu passar
Batam palmas pra mim
Aplaudam quem sorri
Trazendo lágrimas no olhar
Merece uma homenagem
Quem tem forças pra cantar
Tão grande é minha dor
Pede passagem quando sai
E comigo só, lá vai meu bloco, vai"
Bloco da Solidão, da autoria de Evaldo Gouveia (1928 -) e Jair Amorim (1915-1993).
Logo mais , chegará a quarta-feira com a carruagem do Rei Sol derramando ouro para tudo que é lado, depois que as estrelas forem dormir. E seguirei sozinho meu fadário:
"Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás
Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Dos beijos perdidos
Nos lábios teus
Canta o meu coração
Alegria voltou
Tão feliz a manhã
Deste amor"
Manhã de Carnaval, composição de Luís Bonfá (1922 - 2001) , e Antônio Maria (1921 - 1964 ).

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