POEMA ENVELHECIDO
DE JOSÉ DIRCEU VASCONCELOS
“Quero doar meus poemas,
Encontrarei quem os queira?
Já vejo pelos brancos entremeados nos meus poemas!
Estariam envelhecendo?
Encontrarei quem os queira?
Já vejo pelos brancos entremeados nos meus poemas!
Estariam envelhecendo?
A força do teu amor, parece esmaecido, no papiro,
Que já escrito ao fogo, para lhe dar vida eterna.
Poemas arquejando entre linhas,
Palavras e versos repetitivos, como a quererem melhor
Compreensão!
Que já escrito ao fogo, para lhe dar vida eterna.
Poemas arquejando entre linhas,
Palavras e versos repetitivos, como a quererem melhor
Compreensão!
As letras já trêmulas, esbarram entre si sem controle.
Vejo rugas, quando as palavras se contraem.
O andar das frases cambaleantes,
Mal inicio os versículos, sinto-os sem forças para chegar
Ao final!
O andar das frases cambaleantes,
Mal inicio os versículos, sinto-os sem forças para chegar
Ao final!
E, quando termino, o cansado poema, me vem a ideia de
Aposentá-los!
E o amor, ainda juvenil, vem a exigir a desaposentadoria!
Ah! Sempre o amor, que não envelhece, obrigando-me a
Transformar o ponto final, em reticência”
Aposentá-los!
E o amor, ainda juvenil, vem a exigir a desaposentadoria!
Ah! Sempre o amor, que não envelhece, obrigando-me a
Transformar o ponto final, em reticência”
“Poema Envelhecido” da lavra do metapoeta José Dirceu Vasconcelos, da nobre linhagem de Hipócrates, um verdadeiro mago esculpido em rimas e versos, e um eterno menino enamorado, cearense filho de Sobral.
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