domingo, 10 de setembro de 2017

POEMA ENVELHECIDO 


DE JOSÉ DIRCEU VASCONCELOS


“Quero doar meus poemas,
Encontrarei quem os queira?
Já vejo pelos brancos entremeados nos meus poemas!
Estariam envelhecendo?
A força do teu amor, parece esmaecido, no papiro,
Que já escrito ao fogo, para lhe dar vida eterna.
Poemas arquejando entre linhas,
Palavras e versos repetitivos, como a quererem melhor
Compreensão!
As letras já trêmulas, esbarram entre si sem controle.
Vejo rugas, quando as palavras se contraem.
O andar das frases cambaleantes,
Mal inicio os versículos, sinto-os sem forças para chegar
Ao final!
E, quando termino, o cansado poema, me vem a ideia de
Aposentá-los!
E o amor, ainda juvenil, vem a exigir a desaposentadoria!
Ah! Sempre o amor, que não envelhece, obrigando-me a
Transformar o ponto final, em reticência”
“Poema Envelhecido” da lavra do metapoeta José Dirceu Vasconcelos, da nobre linhagem de Hipócrates, um verdadeiro mago esculpido em rimas e versos, e um eterno menino enamorado, cearense filho de Sobral.

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