HOMENS- GABIRUS DO PLANALTO CENTRAL
“ Napoleão
Bonaparte era de pequena estatura. O mesmo se diz do Apóstolo São Paulo e de
muitos outros homens notáveis, quer pela ciência, quer pelo valor bélico, quer
pela Santidade. Tem razão o prelóquio: “ O homem não se mede a palmo”.
Qual seria
então o critério para se poder dizer que um homem é mais do que outro? Um será
grande pela estatura e pequeno pela cultura científica. Um será grande como
artista e pequeno pelo seu valor moral. Um será grande pelo seu gênio bélico e
pequeno entre os literatos.
Dizer que um
homem é grande realmente não é fácil. Bossuet, ao começar a oração fúnebre
diante do ataúde de Luiz XIV, cognominado o Grande – não teve a coragem de
chama-lo de grande: “ – Grande? Grande só é Deus “. Em face da morte, a
grandeza humana se reduz tanto que perde o seu significado.
De Bonaparte
se conta que, certa vez, quis pendurar um quadro na parede, mas não alcançou o
prego. Acudiu um oficial que estava perto: “ – Permita-me pendurá-lo, pois eu
sou maior do que V. Majestade”.
“- Maior não
– respondeu o Imperador: - Podes ser mais alto do que eu; maior não”.
Grandeza
real é somente a da virtude”.
Crônica de
D. Antônio de Almeida Lustosa (1886- 1974), extraída do livro Respingando, da
Imprensa Universitária do Ceará (1958).
No ano de 1991
a mídia brasileira colocou em manchete um trabalhador rural do Nordeste
brasileiro portando 1,35 metro de altura. Foi denominado de “homem- gabiru”.
Certos tipos de ratos do Nordeste são conhecidos como” gabirus”. O nanismo
daquele nordestino não era genético, e sim, nutricional, promovido pela carência
alimentar crônica, fruto de um sofrível cardápio à base de mingau de água com
farinha, e carne apenas oriunda de tatu, teju e rato do mato. Assim viviam
milhões de sertanejos famintos. Nada que políticas governamentais bem urdidas
não resolvessem.
Hoje
perambulam feito zumbis no Planalto Central, verdadeiras ratazanas e
homens-gabirus diferentes daqueles descritos pela mídia dos anos 90.
Agora, mostram-se, quase todos, de estatura
elevada, bem corados, sorridentes, malandros, bem longe do “nanismo
nutricional” ; e sim, com o pérfido “ nanismo moral “ fruto da desbragada
corrupção espalhada como metástase, irmanamente dividida entre os poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário.
Faltam a
estas “pestes” as grandezas da virtude!
Um povo que
elege corruptos não é vítima, é cúmplice! O que se precisa providenciar?
Plantar a jato ratoeiras a granel!
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