domingo, 25 de junho de 2017

HOMENS- GABIRUS DO PLANALTO CENTRAL





“ Napoleão Bonaparte era de pequena estatura. O mesmo se diz do Apóstolo São Paulo e de muitos outros homens notáveis, quer pela ciência, quer pelo valor bélico, quer pela Santidade. Tem razão o prelóquio: “ O homem não se mede a palmo”.

Qual seria então o critério para se poder dizer que um homem é mais do que outro? Um será grande pela estatura e pequeno pela cultura científica. Um será grande como artista e pequeno pelo seu valor moral. Um será grande pelo seu gênio bélico e pequeno entre os literatos.

Dizer que um homem é grande realmente não é fácil. Bossuet, ao começar a oração fúnebre diante do ataúde de Luiz XIV, cognominado o Grande – não teve a coragem de chama-lo de grande: “ – Grande? Grande só é Deus “. Em face da morte, a grandeza humana se reduz tanto que perde o seu significado.

De Bonaparte se conta que, certa vez, quis pendurar um quadro na parede, mas não alcançou o prego. Acudiu um oficial que estava perto: “ – Permita-me pendurá-lo, pois eu sou maior do que V. Majestade”.

“- Maior não – respondeu o Imperador: - Podes ser mais alto do que eu; maior não”.

Grandeza real é somente a da virtude”.

Crônica de D. Antônio de Almeida Lustosa (1886- 1974), extraída do livro Respingando, da Imprensa Universitária do Ceará (1958).

No ano de 1991 a mídia brasileira colocou em manchete um trabalhador rural do Nordeste brasileiro portando 1,35 metro de altura. Foi denominado de “homem- gabiru”. Certos tipos de ratos do Nordeste são conhecidos como” gabirus”. O nanismo daquele nordestino não era genético, e sim, nutricional, promovido pela carência alimentar crônica, fruto de um sofrível cardápio à base de mingau de água com farinha, e carne apenas oriunda de tatu, teju e rato do mato. Assim viviam milhões de sertanejos famintos. Nada que políticas governamentais bem urdidas não resolvessem.

Hoje perambulam feito zumbis no Planalto Central, verdadeiras ratazanas e homens-gabirus diferentes daqueles descritos pela mídia dos anos 90.

 Agora, mostram-se, quase todos, de estatura elevada, bem corados, sorridentes, malandros, bem longe do “nanismo nutricional” ; e sim, com o pérfido “ nanismo moral “ fruto da desbragada corrupção espalhada como metástase, irmanamente dividida entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Faltam a estas “pestes” as grandezas da virtude!
Um povo que elege corruptos não é vítima, é cúmplice! O que se precisa providenciar?
 Plantar a jato ratoeiras a granel!





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