sábado, 29 de abril de 2017

SARCOPENIA: AINDA FALTAM PEÇAS


O envelhecimento humano trata-se de um fenômeno universal correspondendo a oito por cento da população mundial ou cerca de quinhentos milhões de idosos. Acredita-se que o aparecimento dos primeiros sinais do envelhecer possa se apresentar por volta da terceira década da vida, como algo muito sutil. 

O envelhecimento humano trata-se de um processo dinâmico, progressivo e do qual ninguém pode fugir. O tão desejado “ elixir da juventude” permanece inacessível ao ser humano até a presente data. Os mecanismos que ocasionam o envelhecer ainda não foram totalmente desvendados, mas sabe-se que é uma condição inexorável. 

O gradual declínio das capacidades do indivíduo engloba mudanças anatômicas, fisiológicas, bioquímicas e hormonais.
Em 1989, Irwin Rosenberg fez menção à perda da massa muscular do idoso, criando o termo sarcopenia, oriundo do grego sarkos (carne, músculo) e penia (perda ou desgaste), para daí num salto aparecer a tal “ síndrome do ancião frágil “. A distinção entre a perda fisiológica da força muscular, com o passar da idade, de uma nova condição patológica, tem limites pouco precisos.

Fatores que podem contribuir para a instalação da sarcopenia:
Fatores humorais: redução dos níveis de estrogênio, de testosterona, de hormônio do crescimento, de deidroepiandrosterona (DHEA) e de vitamina D.

Fatores musculares: atrofia muscular por falta de exercício.
Fatores do sistema nervoso central: unidades motoras da medula espinal vão se perdendo, favorecendo a atrofia muscular.
 Fatores nutricionais: redução do consumo proteico e dos alimentos de um modo geral contribuem para a redução da massa muscular.

O processo da sarcopenia tende a evoluir lentamente. Uma avaliação clínica buscará demonstrar a força muscular, o rendimento físico e a quantidade de massa muscular dos distintos segmentos do corpo.

Exames laboratoriais disponíveis que podem ajudar numa avaliação mais acurada da sarcopenia são:
 Tomografia Computadorizada; Ressonância Nuclear Magnética; Densitometria e Bioimpedância.
Na atualidade, a atividade física adequada e a ingesta nutricional correta representam as formas mais seguras de contornar os riscos futuros decorrentes da sarcopenia. 

Até a presente data nenhuma intervenção farmacológica foi desenhada especificamente para resolver o problema da sarcopenia.

Diversos estudos foram feitos com os seguintes fármacos disponíveis no mercado e que aguardam resultados a longo prazo:
  Testosterona, Deidroepiandrosterona (DHEA), Nandrolona, Estrogênio, Tibolona, Hormônio do crescimento (GH), Vitamina D, Creatina e Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (EACA).

Ainda falta um bom caminho a percorrer com vistas a aspectos práticos como definição clínica, aplicação de propedêutica laboratorial e formas adequadas de tratamento para o novel problema da sarcopenia. Aguardemos.






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