SARCOPENIA: AINDA FALTAM PEÇAS
O
envelhecimento humano trata-se de um fenômeno universal correspondendo a oito
por cento da população mundial ou cerca de quinhentos milhões de idosos.
Acredita-se que o aparecimento dos primeiros sinais do envelhecer possa se
apresentar por volta da terceira década da vida, como algo muito sutil.
O
envelhecimento humano trata-se de um processo dinâmico, progressivo e do qual
ninguém pode fugir. O tão desejado “ elixir da juventude” permanece inacessível
ao ser humano até a presente data. Os mecanismos que ocasionam o envelhecer
ainda não foram totalmente desvendados, mas sabe-se que é uma condição
inexorável.
O gradual declínio das capacidades do indivíduo engloba mudanças
anatômicas, fisiológicas, bioquímicas e hormonais.
Em 1989,
Irwin Rosenberg fez menção à perda da massa muscular do idoso, criando o termo
sarcopenia, oriundo do grego sarkos (carne, músculo) e penia (perda ou
desgaste), para daí num salto aparecer a tal “ síndrome do ancião frágil “. A
distinção entre a perda fisiológica da força muscular, com o passar da idade,
de uma nova condição patológica, tem limites pouco precisos.
Fatores que
podem contribuir para a instalação da sarcopenia:
Fatores humorais:
redução dos níveis de estrogênio, de testosterona, de hormônio do crescimento, de
deidroepiandrosterona (DHEA) e de vitamina D.
Fatores musculares: atrofia muscular por falta
de exercício.
Fatores do
sistema nervoso central: unidades motoras da medula espinal vão se perdendo,
favorecendo a atrofia muscular.
Fatores nutricionais: redução do consumo
proteico e dos alimentos de um modo geral contribuem para a redução da massa
muscular.
O processo
da sarcopenia tende a evoluir lentamente. Uma avaliação clínica buscará
demonstrar a força muscular, o rendimento físico e a quantidade de massa
muscular dos distintos segmentos do corpo.
Exames laboratoriais disponíveis que podem
ajudar numa avaliação mais acurada da sarcopenia são:
Tomografia Computadorizada; Ressonância
Nuclear Magnética; Densitometria e Bioimpedância.
Na
atualidade, a atividade física adequada e a ingesta nutricional correta
representam as formas mais seguras de contornar os riscos futuros decorrentes
da sarcopenia.
Até a presente data nenhuma intervenção farmacológica foi
desenhada especificamente para resolver o problema da sarcopenia.
Diversos estudos foram feitos com os seguintes
fármacos disponíveis no mercado e que aguardam resultados a longo prazo:
Testosterona, Deidroepiandrosterona (DHEA),
Nandrolona, Estrogênio, Tibolona, Hormônio do crescimento (GH), Vitamina D, Creatina
e Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (EACA).
Ainda falta
um bom caminho a percorrer com vistas a aspectos práticos como definição clínica,
aplicação de propedêutica laboratorial e formas adequadas de tratamento para o
novel problema da sarcopenia. Aguardemos.
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