O Livro
Para o bibliófilo e mestre Eurípedes Chaves Jr.
Michel de Montaigne (1533-1592) em seus clássicos "Ensaios " fez uma comparação entre os três gêneros de convivência: "as mulheres belas e honestas; as amizades raras e refinadas; e por fim , os livros", que considera mais proveitosos e salutares que as duas ligações :
"Esses dois relacionamentos ( o amor e a amizade) são fortuitos e dependentes de outrem. Um é difícil por sua raridade, o outro murcha com a idade; ambos não atenderam suficientemente às necessidades de minha vida. O dos livros, é muito mais seguro e mais nosso. Cede aos primeiros as outras vantagens, mas , por sua vez, tem a constância e a facilidade de seu serviço. Este me acompanha em todo meu percurso e me assiste em tudo. Consola-me na velhice e na solidão; alivia-me do peso de uma ociosidade tediosa; desembaraça-me a qualquer momento das companhias que me desagradam ;embota os aguilhões da dor, se não for extrema e dominante. Para distrair-me de uma fantasia importuna, basta recorrer aos livros; eles facilmente me desviam para si e subtraem-na de mim. E, além disso, não se revelam por ver que só os procuro na falta daquelas outras satisfações, mais reais, mais vivas e naturais; recebem-me sempre com a mesma fisionomia"
Os livros são presenças sempre benevolentes, dotadas de equanimidade, ao passo que os amigos e as amantes sofrem variações de humor.
Em andanças pelos sebos do centro de nossa Bela Desposada do Sol , um aprendiz de pastor de almas, toma contato com ilustres conterrâneos, lado a lado, morando em balouçantes prateleiras. Todos esperam um afago de uma mão amiga. Uns vestidos em roupas pomposas , capa dura; outros mais humildes, em brochuras envelhecidas pelo rigor dos tempos. Como os estimo!
Fica um sincero agradecimento aos mantenedores dos sebos que congregam a confraria dos formadores de nossa rica Literatura Cearense.
— em Praia Porto das Dunas.Para o bibliófilo e mestre Eurípedes Chaves Jr.
Michel de Montaigne (1533-1592) em seus clássicos "Ensaios " fez uma comparação entre os três gêneros de convivência: "as mulheres belas e honestas; as amizades raras e refinadas; e por fim , os livros", que considera mais proveitosos e salutares que as duas ligações :
"Esses dois relacionamentos ( o amor e a amizade) são fortuitos e dependentes de outrem. Um é difícil por sua raridade, o outro murcha com a idade; ambos não atenderam suficientemente às necessidades de minha vida. O dos livros, é muito mais seguro e mais nosso. Cede aos primeiros as outras vantagens, mas , por sua vez, tem a constância e a facilidade de seu serviço. Este me acompanha em todo meu percurso e me assiste em tudo. Consola-me na velhice e na solidão; alivia-me do peso de uma ociosidade tediosa; desembaraça-me a qualquer momento das companhias que me desagradam ;embota os aguilhões da dor, se não for extrema e dominante. Para distrair-me de uma fantasia importuna, basta recorrer aos livros; eles facilmente me desviam para si e subtraem-na de mim. E, além disso, não se revelam por ver que só os procuro na falta daquelas outras satisfações, mais reais, mais vivas e naturais; recebem-me sempre com a mesma fisionomia"
Os livros são presenças sempre benevolentes, dotadas de equanimidade, ao passo que os amigos e as amantes sofrem variações de humor.
Em andanças pelos sebos do centro de nossa Bela Desposada do Sol , um aprendiz de pastor de almas, toma contato com ilustres conterrâneos, lado a lado, morando em balouçantes prateleiras. Todos esperam um afago de uma mão amiga. Uns vestidos em roupas pomposas , capa dura; outros mais humildes, em brochuras envelhecidas pelo rigor dos tempos. Como os estimo!
Fica um sincero agradecimento aos mantenedores dos sebos que congregam a confraria dos formadores de nossa rica Literatura Cearense.
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