O FINO HUMOR DE GÊNIOS
Para uma amiga :
Cristiane
Em 2012 ao completar 70 anos, o matemático, físico teórico e
cosmólogo britânico Stephen Hawking respondendo a uma interrogação acerca do
maior mistério do universo falou : “ As
mulheres . Para mim elas são um completo mistério .”
Em recente aparição no Reino Unido, o gênio Stephen sentenciou : “Não acredito que
duremos outros mil anos sem sairmos do nosso frágil planeta . Por isso ,
lembrem-se de olhar para as estrelas e não para os pés .”
Alguém na plateia questionou a Stephen qual seria o efeito
cosmológico da saída de Zayn Malik da boysband One Direction ?
Stephen, sem perder a classe e exercitando seu fino humor,
respondeu: “Até que enfim uma questão importante. O meu conselho, neste caso, a
qualquer fã desiludida com a saída dele é que estude física teórica porque um
dia poderemos provar a existência de universos múltiplos...
Não seria de todo
impossível que algures, fora do nosso universo esteja outro diferente. Talvez
aí, neste universo, o Zayn possa ainda estar nos One Direction .”
Nas entrelinhas o gentil físico britânico sugere a
necessidade de colonização de outros planetas e não o fim da existência da
humanidade idêntico àquele do desastre acontecido no passado com os
dinossauros.
Acredita-se que o colapso do sol poderá acontecer daqui a 5
bilhões de anos. A expansão, a auto- organização, a complexidade, são formas
pelas quais o próprio universo domestica o caos.
A ordem e a desordem, o caos e
o cosmos, a criação e a destruição, até o esperado Big- Crunch ainda levará
muito tempo para acontecer.
Até lá vamos aproveitar o íntimo contato com gênios
daqui e de outros multiversos e nos deleitar com um tiquinho de pérolas manufaturadas pelo poeta de Cuiabá, Manoel de
Barros (1916 – 2014) :
“Só ouvindo o nada no ventre da noite me reinvento“
“Eu queria crescer para passarinho“
“Sapo é um pedaço do chão que pula“
“Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber que o
esplendor da manhã não se abre com faca“
“Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma“
“No começo era o verbo. Só depois é que veio o delírio do
verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz : Eu escuto a
cor dos passarinhos .
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para
cor , mas para som. Então se criança muda a função de um verbo , ele delira . E
pois . Em poesia que é a voz de fazer nascimentos - O verbo tem que pegar delírio.”
“Hoje eu desenho o cheiro das árvores“
“Eu já disse quem sou Ele. Meu desnome é Andaleço . Andando
devagar eu atraso o final do dia .
Caminho por beiras de rios conchosos . Para
as crianças da estrada eu sou o Homem do Saco.
Carrego latas furadas, pregos,
papéis usados ( Ouço arpejos de mim nas latas tortas ). Não tenho pretensões de
conquistar a inglória perfeita . Os loucos me interpretam.
A minha direção é a
pessoa do vento . Meus rumos não tem termômetro. De tarde arborizo pássaros. De
noite os sapos me pulam. Não tenho carne da água. Eu pertenço de andar
atoamente.
Não tive estudamentos de tomos. Só conheço as ciências que
analfabetam. Todas as coisas têm ser ?. Sou um sujeito remoto. Aromas de
jacinto me infinitam. E estes ermos me somam .”
“Poesia é a infância da língua. Sei que meus desenhos
verbais nada significam.
Nada. Mas se o nada desaparecer a poesia acaba. Eu
sei. Sobre o nada eu tenho profundidades.”
Ponto final !
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