O Valentão do Lupanar
A noitada alegre num lupanar de beira de estrada , com pessoas comuns desfrutando em paz os sabores da vida , toma outros ares com a presença de um indivíduo de roupas negras , olhos fora das órbitas , babando ódio na gravata , que chega desafiando a todos :
- Tem algum mané aí para me enfrentar ?
- Isso é comigo ? Aqui é nois !
De pronto , levou uma traulitada na tábua dos queixos e foi logo beijando a lona . O homem estrambótico da roupa escura terminou a festa :
- Que isso sirva de lição para vocês, idiotas manés , perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros que os outros.
Seguem alguns apotegmas lúcidos do filósofo , jornalista , pintor , dramaturgo , tradutor e escritor carioca Millôr Fernandes ( 1923 - 2012 ) , extraidos do livro " Millôr Definitivo , A Bíblia do Caos " :
A justiça é cega - mas quando vê um pobre - diabo por perto baixa a bengala branca nele.
A justiça não é apenas cega ; sua balança está desregulada e a espada sem fio.
Justiça - loteria togada .
Livrai - me da justiça, que dos malfeitores me livro eu.
Responda depressa : pra que o ser humano, que não conseguiu resolver nenhum dos seus problemas de relacionamento aqui na Terra , anda procurando outros seres vivos no Universo ?
Afirma que não participa da política porque a política está cheia de corruptos . Como se não houvesse lugar para mais um .
A Verdade é que neste momento só não temos uma ditadura porque até pra isso nos falta competência.
Ponto Final .
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