UMA HISTÓRIA DE OBSCURANTISMO
Numa
instável República de Bananas perdida nos confins da parte pobre da América, um
“porco do mato”, digno representante do obscurantismo, da ignorância, da
luxúria e do atraso, exibiu-se sem graça, abobalhado, dançando e cantando,
chafurdando na lama, diante das câmeras televisivas. No circo mambembe pátrio,
o tal porco se apresenta como “Testa de Ferro” (1) de um “Santo do Pau Oco”
(2).
Quem irá
“Pagar o Pato” (3), certamente será o sofrido e famélico povo ordeiro dessa República
de Bananas. O “Bode Expiatório” (4), o povo, uma vez mais, caiu mansamente, no
“Conto do Vigário” (5). As vossas senhorias, que mamam nas tetas do regime em
cruel agonia, deram sustentação para o prosseguimento do regime de corrupção
que hoje medra entre nós. Todos que optaram pelo caminho do mal seguirão, em
breve tempo, espera-se, para o “Quinto dos Infernos” (6).
Resta uma
esperança para 2018, quando o povo contará com uma poderosa arma, o voto
democrático, para destruir a atual vara de porcos instalada no governo dessa
República de Bananas.
(1) Testa de Ferro: é o indivíduo que
aparece ostensivamente como responsável por um negócio ou transação que os
interessados reais controlam dissimuladamente, mantendo-se no anonimato.
Designação apropriada para indivíduos que ficavam na linha de frente de
embarcações em guerra, sendo os primeiros a sofrerem danos, verdadeiros testas
de ferro.
(2) Santo do Pau Oco: é uma expressão
equivalente a uma santa falsificada, que não é de madeira de lei. No Período
Colonial, no auge da mineração, a Coroa Portuguesa cobrava o imposto de 20%
sobre a extração do ouro. Passou-se a rechear o interior de estátuas com o ouro
para fugir da cobrança governamental.
(3) Pagar o Pato: Fazer o papel de tolo,
pagar para que os outros se aproveitem, arcar com as despesas alheias, ser
ludibriado. Relata-se que, um vendedor de patos, em transação com uma dama,
estabelecera que receberia “certos favores” da dama como régio pagamento. Certa
feita, durante uma discussão entre o vendedor e a dama, o marido acede em pagar
a conta, no caso o pato, para abreviar a disputa e não atrasar a ceia. Pagando,
literalmente, o pato.
(4) Bode Expiatório: é alguém que leva a
culpa por atos que não cometeu. O nome faz alusão ao bode, símbolo das
iniquidades do povo judeu, que, no Dia da Expiação (Yom Kippur), o
Sumo-Sacerdote expulsava aos confins do deserto, expiando assim os pecados de
Israel.
(5) Conto do Vigário: atitude de pessoas
que trapaceiam outras. Há relatos que tal conto teve origem no século XVII na
cidade de Ouro Preto, onde duas paróquias disputavam a mesma imagem de Nossa
Senhora. Um dos vigários propôs que amarrassem a santa no lombo de um burro e o
colocasse entre as duas paróquias litigantes. A direção que o animal tomasse
ficaria com a imagem. O vigário da igreja de Pilar, a vencedora, “por
coincidência” era o dono do animal que carregava a imagem.
(6) Quinto dos Infernos: expressão
utilizada para ser usada por alguém com muita raiva ou com indignação.
Refere-se ao Ciclo de Ouro no Brasil, no fim do século XVIII quando a Coroa
Portuguesa cobrava um imposto “o quinto” relativo a 20% do ouro encontrado em
minas brasileiras. Os donos das minas auríferas, passaram a chamar tal imposto
injusto de “o quinto dos infernos”.
Ponto final.
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