quarta-feira, 8 de março de 2017

UMA SAUDAÇÃO ÀS GUERREIRAS DO COTIDIANO

Benditas mulheres que amorosamente carregam em seu ventre sementes de amor, ensinando no mundo a todos, lições diárias de força, beleza e perseverança. 
Uma vez arguidas sobre qual dos filhos mais estima têm a resposta na ponta da língua: “- Ao pequenino até que cresça; ao enfermo até que cure; ao ausente até que volte”.
Saudando vocês, fadas do cotidiano, eu saúdo a vida em sua essência:
“ Eu saúdo a vida, que é como semente germinada,
Com um braço que se eleva no ar
E o outro sepultado no chão.
A vida que é uma, em sua forma externa e em sua seiva interior;
A vida que sempre aparece e desaparece.
Eu saúdo a vida que vem e a vida que passa.
Eu saúdo a vida que se revela e que se oculta.
Eu saúdo a vida em suspenso, imóvel como uma montanha,
E a vida do enraivecido mar de fogo;
A vida, tão terna como o lótus e tão cruel como a centelha.
Eu saúdo a vida da mente, que tem um lado na sombra
E outro lado na luz.
Eu saúdo a vida da casa e a vida de fora, no desconhecido;
A vida repleta de prazeres e a vida esmagada por pesares;
A vida eternamente patética, que agita o mundo para aquietá-lo;
A vida profunda e silenciosa que explode em fragorosas ondas “
Rabindranath Tagore (1861-1941)

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