INCÔMODAS PERGUNTAS
EM BREVES COLOCAÇÕES
Faz 13,7 bilhões de anos que irrompeu um ponto de
inimaginável densidade, prenhe de imensa energia, com o tamanho trilhões e
trilhões de vezes menor que a cabeça de um alfinete, explodindo no Big – Bang (Fred
Hoyle – 1949). Aí emergiu o espaço- tempo e suas partículas primordiais, da
qual, nós seres humanos, fazemos parte como simples poeiras das estrelas,
compostos de hádrions , prótons , nêutrons , elétrons , pósitrons e antimatéria
. Muita coisa para, enfim, nada?
Para Denis Diderot “ dizer que o homem é uma mistura de
força e debilidade, de luz e de cegueira, de pequenez e de grandeza não é fazer
um processo: é defini-lo”
As eternas preguntas de sempre: quem sou, de onde venho,
para onde vou, qual o real sentido da vida, como cuidar do meu corpo e de minha
alma? Questões que permanecerão no âmago do Homo sapiens sapiens demens até o
final dos tempos? A pequenez do bicho homem diante da magia infinita do
universo, como na visão pascalina, promove admiração, espanto, reverência e a
busca de conhecimentos capazes de minorar sua angústia neste curto périplo
terreal.
Acreditamos que todos somos um só corpo e alma, um microcosmo
dentro de um macrocosmo, formados de partículas essenciais que permeiam todo o
multiverso, pleno de vazio sem nenhum privilégio, com um destino comum, a vagar
à toa pela imensidão do espaço.
Todo o processo evolutivo traz em seu bojo o caos de onde
tudo proveio e a grande explosão cuja radiação vibra até hoje por todo o
universo. A expansão, a auto-organização, a complexidade, são formas pelas
quais o próprio universo domestica o caos. Ordem e desordem, caos e cosmos,
criação e destruição, até o esperado fim apocalíptico Big – Crunch. E tudo
volta ao mesmo, ou seja, ao nada?
Será isto o universo ou multiverso, este expandir de uma
miríade de blocos estelares neste eterno fazimento e destruição de matéria –
energia? E com que finalidade? Para nada?
E o desprezível bicho – homem defendendo com unhas e dentes
um naco de vida com outros seres viventes, pendurados na superfície da nave –
mãe Terra, girando e girando, aumentando sua natural embriaguez, afinal, para
que mesmo? De novo, nada?
Será mesmo que o Apocalipse representará mesmo o fim do
mundo, ou apenas, do nosso pequeno mundo, dando passagem a uma simples
transformação da lagarta em borboleta, com o advento de uma nova forma de vida?
Será?
A quem caberá a resposta devida para as múltiplas
interrogações acima mencionadas? A ninguém? Então, por qual motivo foram
formuladas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário