quinta-feira, 5 de maio de 2016


INCÔMODAS PERGUNTAS EM BREVES COLOCAÇÕES

Faz 13,7 bilhões de anos que irrompeu um ponto de inimaginável densidade, prenhe de imensa energia, com o tamanho trilhões e trilhões de vezes menor que a cabeça de um alfinete, explodindo no Big – Bang (Fred Hoyle – 1949). Aí emergiu o espaço- tempo e suas partículas primordiais, da qual, nós seres humanos, fazemos parte como simples poeiras das estrelas, compostos de hádrions , prótons , nêutrons , elétrons , pósitrons e antimatéria . Muita coisa para, enfim, nada?

Para Denis Diderot “ dizer que o homem é uma mistura de força e debilidade, de luz e de cegueira, de pequenez e de grandeza não é fazer um processo: é defini-lo”

As eternas preguntas de sempre: quem sou, de onde venho, para onde vou, qual o real sentido da vida, como cuidar do meu corpo e de minha alma? Questões que permanecerão no âmago do Homo sapiens sapiens demens até o final dos tempos? A pequenez do bicho homem diante da magia infinita do universo, como na visão pascalina, promove admiração, espanto, reverência e a busca de conhecimentos capazes de minorar sua angústia neste curto périplo terreal.

Acreditamos que todos somos um só corpo e alma, um microcosmo dentro de um macrocosmo, formados de partículas essenciais que permeiam todo o multiverso, pleno de vazio sem nenhum privilégio, com um destino comum, a vagar à toa pela imensidão do espaço.

Todo o processo evolutivo traz em seu bojo o caos de onde tudo proveio e a grande explosão cuja radiação vibra até hoje por todo o universo. A expansão, a auto-organização, a complexidade, são formas pelas quais o próprio universo domestica o caos. Ordem e desordem, caos e cosmos, criação e destruição, até o esperado fim apocalíptico Big – Crunch. E tudo volta ao mesmo, ou seja, ao nada?

Será isto o universo ou multiverso, este expandir de uma miríade de blocos estelares neste eterno fazimento e destruição de matéria – energia? E com que finalidade? Para nada?

E o desprezível bicho – homem defendendo com unhas e dentes um naco de vida com outros seres viventes, pendurados na superfície da nave – mãe Terra, girando e girando, aumentando sua natural embriaguez, afinal, para que mesmo? De novo, nada?

Será mesmo que o Apocalipse representará mesmo o fim do mundo, ou apenas, do nosso pequeno mundo, dando passagem a uma simples transformação da lagarta em borboleta, com o advento de uma nova forma de vida? Será?

A quem caberá a resposta devida para as múltiplas interrogações acima mencionadas? A ninguém? Então, por qual motivo foram formuladas?

 

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