SÓ HOJE NÃO, SEMPRE
O ar que renova; o mel que adocica; a água que benze e
aplaca a sede; o alimento que vivifica; o morno colo que acalenta; a doce mão
que embala a alva rede dos sonhos, dia- após –dia; o firme amparo nas muitas
quedas; não sou eu, és tu, sempre!
De Mário Benedetti (1920- 2009), poeta, escritor dramaturgo
uruguaio, segue a tradução livre do poema “ Vice-Versa “:
“ Tenho medo de te ver
Necessidade de te ver
Esperança de te ver
Pernas bambas de te ver
Tenho vontade de te encontrar
Preocupação de te encontrar
Certeza de te encontrar
Pobres dúvidas de te encontrar
Tenho urgência de te ouvir
Alegria de te ouvir
Boa sorte de te ouvir
E temores de te ouvir
Ou seja
Estou fodido
E radiante
Talvez mais o primeiro
Do que o segundo
E também
Vice-Versa “
Assim, com uma flor, hoje e sempre! Um fraterno abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário