A NOVA ROUPA DO REI
Há muito tempo num gigante “ Reino de Bananas “ perdido no
meio do mundo, um rei boquirroto, ególatra e etilista, esbanjava riquezas em
bens supérfluos com chácaras, apartamentos, vinhos e roupas caras. Um belo dia,
dois trapaceiros passando- se por tecelões propuseram ao tolo monarca a
confecção de luxuosas indumentárias possuidoras de uma característica ímpar:
tornavam – se invisíveis para súditos imbecis, parvos ou incompetentes. Deste
modo os dois vigaristas tecelões consumiram noites e dias “ elaborando “ as
tais novas roupas do rei. O monarca pagou antecipadamente, com dinheiro de
origem obscura, a tal rica encomenda. No dia aprazado, o rei e os ministros
compareceram para fazerem a prova das roupas. Despido o monarca, os dois
tecelões foram colocando “ as roupas finas “ costuradas cuidadosamente. Nenhum
dos presentes queria passar por parvo, embora não vissem, de fato, patavina de
roupas. E todos, constrangidos, elogiavam a indumentária nova do rei. E assim
foram em cortejo para as ruas até que súbito um garoto gritou, para espanto de
todos:
“ – o rei está nu! “
.
“ – falou a voz da inocência “ bradou o pai do menino.
Apenas os dois malandros tecelões, os fanáticos cegos,
seguidores do decrépito monarca teimavam em “ ver “ as novas roupas do rei.
Outrossim, um nobre magistrado com nome de santo da Igreja da Idade Média,
dignou- se colocar à disposição do monarca uma roupa de verdade, com listras
verticais, que caem muito bem no dito monarca em apuros. Senhores, o reino não
vai pegar fogo e pode estar aí o princípio da redenção do gigante Reino de
Bananas.
Claro está que a descrição acima trata-se de uma fábula de
Hans Christian Andersen ( 1805- 1875 ) com o nome de “ A Nova Roupa do Rei “ .
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