quinta-feira, 22 de outubro de 2015

UM COMPOSITOR / POETA (QUASE) ESQUECIDO

“ E então eu fiz um bem / dos males que passei / fiz do amor uma saudade de você / e nunca mais amei / deixei nos olhos teus / meu último olhar / e ao bem do amor /eu disse adeus / caminho o meu caminho / e nos lugares que passei/ as pedras do caminho / são o pranto que chorei / escondo em minhas mãos / carinhos que eram teus / e guardo tua voz / no poema do adeus” .           Poema do Adeus  , de Luiz Antônio .
“ Você errou quando olhou pra mim / uma esperança fez nascer em mim/ depois levou pra tão longe de nós / seu olhar no meu , a sua voz / você deixou , sem querer deixar / uma saudade enorme em seu lugar / depois nós dois , cada qual a mercê do seu destino / você sem mim , eu sem você / saudade ,  meu moleque de recado / não diga que eu me encontro neste estado ! /    
Recado  , de Luiz Antônio .
Antônio de Pádua Vieira da Costa , ou melhor , Luiz Antônio , veio ao mundo no dia 16 de abril de 1921 ,  no estado do Rio de Janeiro  , onde faleceu no dia 1° de dezembro de 1996 . Conhecido também como Coronel ou Negro Antônio , era um boêmio e flamenguista , compositor de vários sucessos da Música Popular Brasileira . Entre seus inúmeros parceiros destacam – se : Djalma Ferreira ( o mais fiel de todos ) , Jota Junior , Klecius Caldas e Oldemar Magalhães .
Estudou no Colégio Militar e na Escola Militar de Realengo e seguiu carreira , onde  conheceu alguns compositores de farda que tornaram – se seus parceiros . Miltinho , Helena de Lima , Maysa , Dóris Monteiro , Elizeth Cardoso , Linda Batista ,Elza Soares , Marlene , Cauby Peixoto , formaram um  seleto time de cantores que  ajudaram na difusão  das muitas composições de Luiz Antônio .
“ Você mulher / que já viveu / que já sofreu / não minta / um triste adeus / nos olhos seus / a gente vê / mulher de trinta / no meu olhar / na minha voz / um novo mundo sinta / é bom sonhar / sonhemos nós / eu e você / mulher de trinta / o amanhã sempre vem / e o amanhã pode trazer alguém “ .    Mulher de Trinta ,  de Luiz Antônio .
“ Vai barracão , pendurado no morro / e pedindo socorro , a cidade a seus pés / vai barracão , tua voz eu escuto  / não te esqueço um minuto / porque sei que tu és / barracão de zinco , tradição do meu país / barracão de zinco , pobre és tão infeliz “  .       Barracão  , de Luiz Antônio
Luiz Antônio guardou sua biografia de uma vida gloriosa de 75 anos, na mais completa discrição , longe dos holofotes e das fofocas  . Suas belas composições musicais , estas sim ,  marcarão presença  no panteão reservado aos  grandes nomes da Música Popular Brasileira .



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