Canção da Chuva /Serenata da Chuva
"Só. A chuva canta lá fora.O dia está triste e cinzento
Como um inútil pensamento
De quem contempla a vida - e chora...
A chuva cai , lenta , lá fora...
Parece que tem alma a chuva...
Ela chora assim como a gente,
Sentidamente , amargamente,
Quando a tristeza nos enviúva...
Deve ser triste a alma da chuva...
E, neste abandono - que frio !
Mas o coração está quente,
Cheio de ti, eterna ausente,
No meu quarto vazio...
Coração ardente , que frio !
Alvas mãos de luar ... lábios de uva...
Penso : a saudade, na terra erma,
Na minha alma, dorida e enferma,
Chora e canta como esta chuva"
"Canção da Chuva" , da autoria do poeta e educador cearense, nascido no município de Lavras da Mangabeira , Antônio Filgueiras Lima (1909 - 1965 ).
Serenata da Chuva
"Só, lá fora a chuva que cai...
Só, eu pego o meu violão,
Ah, tanjo o bordão e está canção,
tão triste sai
Sou um seresteiro a sonhar, só,
sem ter ninguém, sem luar,
Canto e a chuva fria cai,
Canto nesta noite assim,
Chove solidão, dentro de mim.
Onde andará, neste momento o meu amor
Que pensará longe de mim,
Sem meu calor.
Tão sozinho agora estou,
Canto e a chuva não tem fim,
Chove está saudade, sobre mim.
Canto e a chuva fria cai,
Canto nesta noite , assim
Chove esta saudade , sobre mim"
Composição musical " Serenata da Chuva" , da autoria de Evaldo Gouveia (1928 - ), e Jair Amorim (1915 - 1993 ).
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