Fortaleza, 13 de Abril : Feliz Aniversário
"Se um dia infeliz eu te perdesse
- se tal infortúnio me ocorresse -
Juro - te, Fortaleza, que não ficaria
Só de alma ferida.
Vazio, perderia
A tristeza floral da Poesia
E as pérgulas da vida.
Juro - te, Fortaleza, que não ficaria
Só de alma ferida.
Vazio, perderia
A tristeza floral da Poesia
E as pérgulas da vida.
Aí, Cidade gentil, de Soares Moreno:
De onde estiver te mandarei um aceno,
Pois em meus olhos ficas mais que lá,
No portal e nas dunas do meu Ceará.
De onde estiver te mandarei um aceno,
Pois em meus olhos ficas mais que lá,
No portal e nas dunas do meu Ceará.
Resumes a alma do Nordeste
E uma beleza fatal te sobreveste
Com mantos de estrelas e amplos horizontes
Semelhantes em tudo a belíssimas fontes
Que se irradiam aos ásperos sertões,
Onde pousa um luar de sonhos e canções.
Minha fiel Cidade,
Que fazer com essa imensa saudade,
Mais lancinante
Que flecha de fogo, delirante ?
O melhor, minha linda , é regressar
E ficar junto de ti, morrendo de te amar,
Morrendo de te amar,
Morrendo de te amar."
E uma beleza fatal te sobreveste
Com mantos de estrelas e amplos horizontes
Semelhantes em tudo a belíssimas fontes
Que se irradiam aos ásperos sertões,
Onde pousa um luar de sonhos e canções.
Minha fiel Cidade,
Que fazer com essa imensa saudade,
Mais lancinante
Que flecha de fogo, delirante ?
O melhor, minha linda , é regressar
E ficar junto de ti, morrendo de te amar,
Morrendo de te amar,
Morrendo de te amar."
"Hoje, Fortaleza,
Pareces rimar com leve tristeza.
Semelhas um afago, mas és grito abafado,
Ou Rosa a nascer no mais distante prado,
Numa tarde sem fim.
E nunca sais de mim.
Mas quanto frio em minha marinhagem!
Estás distante e eu, fiel amante,
Sinto -te como os ciganos sentem sua viagem.
Pareces rimar com leve tristeza.
Semelhas um afago, mas és grito abafado,
Ou Rosa a nascer no mais distante prado,
Numa tarde sem fim.
E nunca sais de mim.
Mas quanto frio em minha marinhagem!
Estás distante e eu, fiel amante,
Sinto -te como os ciganos sentem sua viagem.
Sejam quais foram os meus dias e os teus
- jamais te direi a palavra adeus.
És borboleta pousada
Num varal de grã recordação,
Ficando , qual saudade alada,
Nas pautas da Canção .
E espero colher logo a tua madrugada,
Ó Cidade das Cidades, Minha Amada,
Onde, nas matinas, teus teus luminosos cantares,
Quais belos rouxinóis, alegram os ares.
E voltarei para te amar
Com amor de marujo a retornar do mar "
- jamais te direi a palavra adeus.
És borboleta pousada
Num varal de grã recordação,
Ficando , qual saudade alada,
Nas pautas da Canção .
E espero colher logo a tua madrugada,
Ó Cidade das Cidades, Minha Amada,
Onde, nas matinas, teus teus luminosos cantares,
Quais belos rouxinóis, alegram os ares.
E voltarei para te amar
Com amor de marujo a retornar do mar "
"Telepoema para Fortaleza" , e , " Relembrança", do poeta, ensaísta , da Academia Cearense de Letras, da Academia Cearense da Língua Portuguesa, Artur Eduardo Benevides ( 1923 - 2014 ), Príncipe dos Poetas Cearenses.
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