Meu Cordial Brasileiro
"Meu Cordial brasileiro( um sujeito)/me conta o quanto é contente e quente/...sorri de dente de fora no leito/sulamericanamente/O senhor não me perdoa/eu não entrar numa boa e/perder sempre a esportiva/frente a esta gente indecente/ que corre , drome e consente/que cala, logo está viva/também estou vivo, eu sei/mas porque posso sangrar.../e mesmo vendo que é escuro/dizer que o sol vai brilhar/com/contra quem me dá duro/com o dedo na cara /me mandando calar/menina, ainda tenho um cigarro/mas eu posso lhe dar/menina, a grama está sempre verde/ mas eu quero pisar/menina, a Estrela do Norte não saiu do lugar/menina, asa branca, assum preto, sertão não virou mar/menina, o show já começou, é bom não se atrasar/menina ,é proibida a entrada, mas eu quero falar/com/contra quem me dá duro/ com o dedo na cara/me mandando calar/que o pecado nativo/ é simplesmente estar vivo/é querer respirar".
Canção " Meu Cordial Brasileiro " da autoria de Belchior (1946 - 2017).
Jacques Lambert com "Os Dois Brasis" erigiu a clara dicotomia do Brasil rico ( Sul ) e pobre ( Norte) desenhando a Brasindia. O mito do brasileiro cordial que Belchior retrata com fina ironia na canção acima citada desmente a cruel realidade. Tudo foi utopia de sociólogos vermelhos na terceira década do século XX.
O "cearense cordial"nos dias de hoje , de trabuco em punho, transforma a "Terra de Sol" em "Terra de Sangue" , diante de dirigentes omissos.
Hora de pôr ordem na casa , CEARÁ!
Hora de pôr ordem na casa , CEARÁ!
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