Com uma " Casquinha " na Beira Mar .
Domingo à noite na Beira Mar degustando uma guloseima típica cearense , uma " casquinha " , também conhecida como cavaco chinês , casquinha , feita a base de farinha ( Triticum spp) , água ( H2O ) , goma ( Manihot esculenta ) , e açúcar ( Saccharum officinarum ) , tudo ao embalo metálico de um bom triângulo .
" Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba . Verdes mares que brilham como líquida esmeralda aos raios do sol nascente , perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros .
Serenai , verdes mares , e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.
Onde vai afoita jangada , que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela ?
Onde vai branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano ?
Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce , mar em fora . Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano ; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas e brincam irmãos , filhos ambos da mesma terra selvagem ...
O barco salta sobre as ondas e desaperece no horizonte . Abre - se a imensidade dos mares e a borrasca enverga como o condor , as foscas asas sobre o abismo .
Deus te leve a salvo , brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas , e te poje nalguma enseada amiga ! Soprem para ti as brandas auras , e para jaspeie a bonança mares de leite !
Enquanto vogas assim à discrição do vento , airoso barco volta às brancas areias a saudade que te acompanha , mas não se parte da terra onde revoa . ( Verdes Mares Bravios , de José de Alencar - 1829 - 1877 ) .
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