Café da Manhã com Letras
Uma rápida passada d'olhos na produção literária da grande dama cearense do Romance de 30 , Rachel de Queiroz ( 1910 - 2003 ) , em arranjo de meu pequeno acervo de papel. Dentro dos livros de Rachel de Queiroz, repousam recortes de entrevistas dos anos de 1994 e 1996 , colhidos de uma revista semanal , que até os dias hodiernos , permanece em franca atividade.
Trata - se de uma mania que carrego , como uma forma de " amarrar o tempo " , e guardar junto ao peito " meus amigos de papel " .
"Louvo o Padre , louvo o Filho,
O Espírito Santo louvo.
Louvo Rachel , minha amiga,
Nata e flor do nosso povo.
Ninguém tão Brasil quanto ela,
Pois que, com ser do Ceará,
Tem todos os Estados
Do Rio Grande ao Pará.
Tão Brasil , quero dizer
Brasil de toda maneira
- basílica, brasiliense,
Brasiliana , brasileira.
Louvo o Padre, louvo o Filho,
O Espírito Santo louvo.
Louvo Rachel e, louvada
Uma vez , louvo - a de novo.
Louvo a sua inteligência
E louvo o seu coração.
Qual maior? Sinceramente,
Meus amigos, não sei não.
Louvo os seus olhos bonitos,
Louvo a sua simpatia.
Louvo a sua voz nortista,
Louvo o seu amor de tia.
Louvo o Padre , louvo o Filho,
O Espírito Santo louvo
Louvo Rachel , duas vezes.
Louvada , e louvo - a de novo.
Louvo o seu romance: O Quinze
E os outros três: louvo As Três
Marias especialmente,
Mais minhas que de vocês.
Louvo a cronista gostosa.
Louvo o seu teatro : Lampião
E a nossa Beata Maria.
Mas chega de louvação,
Porque por mais que a louvemos,
Nunca a louvaremos bem.
Em nome do Pai, do Filho e
Do Espírito Santo, amém. "
Louvado para Rachel de Queiroz, da autoria de Manuel Bandeira ( 1886 - 1968 ).
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