Cleine Costa Colares : Festa no Céu
Na década de 50 do século passado , tomei minhas primeiras letras num certo Instituto, depois Colégio e hoje Universidade, localizado na rua João Carvalho , em Fortaleza.
Uma jovem e bela professora, de rosto redondo , doce sorriso, minha prima , apresentou - me a este mágico mundo da literatura : Professora Cleine Costa Colares.
Certa feita , a querida mestra convocou a turma para uma leitura conjunta de um texto denominado "A clareira do serelepe". Todos os alunos , de pé, deram início à tarefa. Em pouco tempo, a professora interrompeu a aula :
" - Pedi que todos lessem o livro . Não é para ninguém declamar !"
Um dos alunos , gordo, de cenho cerrado e dentuço, com o livro fechado debaixo do braço, foi convocado para ler , sozinho, na frente da turma , a dita lição.
O garoto, permaneceu com o livro fechado e declamou toda "A clareira do serelepe ", provocando o riso da galera.
O garoto, permaneceu com o livro fechado e declamou toda "A clareira do serelepe ", provocando o riso da galera.
Hoje , passado mais de meio século do inusitado ocorrido , sorvendo minha segunda infância, agradeço, genuflexo, a minha mestra Cleine Costa Colares pelos seus retos ensinamentos naquela luminosa quadra de minha vida .
Cleine, hoje empreende a derradeira viagem rumo as nuvens do divino , para continuar sua saga de ensinar às pequenas almas os segredos da vida dos saberes, a mais divina das profissões.
Obrigado, dizemos todos que bebemos de sua terna sabedoria e siga em paz , querida mestra Cleine Colares.
Até breve !
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