Marchinhas Políticas de Carnaval
Tudo começou pelas mãos da maestrina Chiquinha Gonzaga(1847 -1935)com o magistral "Ó abre alas" em 1899. Desde então a política é um prato cheio para os compositores carnavalescos.
"Ó abre alas/que eu quero passar/eu sou da Lira /não posso negar/Rosa de Ouro/é quem vai ganhar".
Em seguida surge o "Cordão dos Puxa-Sacos ":
"Lá vem o cordão dos Puxa-Sacos /dando vivas aos seus maiorais /quem está na frente é passado pra trás /e o cordão dos Puxa-Sacos/cada vez aumenta mais/Vossa Excelência /Vossa Eminência /quanta reverência nos cordões eleitorais /mas se o "doutor" cai do galho /e vai ao chão /a turma toda evolui de opinião /e o cordão dos Puxa-Sacos/cada vez aumenta mais"
Em Fortaleza, na Vila Morena, os rapazes com inveja dos militares americanos que namoravam as beldades da terrinha , apelidadas de garotas Coca-Cola, cantavam : "Lá vem o Cordão das Coca-Colas/dando vivas aos americanos " . Coisas do Ceará -Moleque .
"Ó abre alas/que eu quero passar/eu sou da Lira /não posso negar/Rosa de Ouro/é quem vai ganhar".
Em seguida surge o "Cordão dos Puxa-Sacos ":
"Lá vem o cordão dos Puxa-Sacos /dando vivas aos seus maiorais /quem está na frente é passado pra trás /e o cordão dos Puxa-Sacos/cada vez aumenta mais/Vossa Excelência /Vossa Eminência /quanta reverência nos cordões eleitorais /mas se o "doutor" cai do galho /e vai ao chão /a turma toda evolui de opinião /e o cordão dos Puxa-Sacos/cada vez aumenta mais"
Em Fortaleza, na Vila Morena, os rapazes com inveja dos militares americanos que namoravam as beldades da terrinha , apelidadas de garotas Coca-Cola, cantavam : "Lá vem o Cordão das Coca-Colas/dando vivas aos americanos " . Coisas do Ceará -Moleque .
Logo surgiu a música "Maria Candelária ", falando de um tipo, até hoje presente na dadivosa política brasileira :
"Maria Candelária/é alta funcionária /saltou de pára - quedas/caiu na letra"O", oh, oh, oh, oh/começa ao meio-dia/coitada da Maria /trabalha, trabalha, trabalha de fazer dó , oh, oh, oh, oh/à uma, vai ao dentista /às duas, vai ao café /às três, vai à modista /às quatro, assina o ponto e dá no pé /que grande vigarista que ela é! "
"Maria Candelária/é alta funcionária /saltou de pára - quedas/caiu na letra"O", oh, oh, oh, oh/começa ao meio-dia/coitada da Maria /trabalha, trabalha, trabalha de fazer dó , oh, oh, oh, oh/à uma, vai ao dentista /às duas, vai ao café /às três, vai à modista /às quatro, assina o ponto e dá no pé /que grande vigarista que ela é! "
A marchinha seguinte era uma preparação para o retorno triunfal do camaleônico " Pai dos Pobres" , Getúlio Vargas (1883 -1954), aquele que "saiu da vida para entrar na História ":
"Bota o retrato do Velho, outra vez/bota no mesmo lugar/o retrato do Velhinho /faz a gente trabalhar /eu, já botei o meu/eu tu, não vai botar?/já enfeitei o meu/ e tu vai enfeitar?/o sorriso do Velhinho faz a gente trabalhar"
"Bota o retrato do Velho, outra vez/bota no mesmo lugar/o retrato do Velhinho /faz a gente trabalhar /eu, já botei o meu/eu tu, não vai botar?/já enfeitei o meu/ e tu vai enfeitar?/o sorriso do Velhinho faz a gente trabalhar"
A próxima marchinha contempla o histriônico "salvador da pátria " Jânio Quadros (1917-1992), que governou o país por um breve período, deixando todos a ver navios:
"Varre, varre, varre, vassourinha /varre a bandalheira/que o povo já tá cansado /de sofrer desta maneira/Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado /Jânio Quadros é a certeza de um Brasil moralizado /alerta , meu irmão / vassoura , conterrâneo /vamos vencer com Jânio "
"Varre, varre, varre, vassourinha /varre a bandalheira/que o povo já tá cansado /de sofrer desta maneira/Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado /Jânio Quadros é a certeza de um Brasil moralizado /alerta , meu irmão / vassoura , conterrâneo /vamos vencer com Jânio "
Hoje, 2018, estamos cansados e desiludidos, divididos entre "coxinhas e mortadelas", na pindaiba, mas com um mundo de motivos para banhar este carnaval com marchinhas políticas , incluindo candidatos a Presidente e Ministros. Estão excluídas do catálogo as músicas apelativas e grosseiras como " a cabeleira do Zezé; o teu cabelo não nega ", dentre outras.
E viva Zé Pereira!
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