O Silêncio do Corpo
O silêncio do corpo - era assim que os gregos antigos definiam a saúde e o bem - estar físico dos homens ( boa alimentação , exercicios fisicos , trabalho controlado , sono repousante , fuga do estresse ). Aprendamos a ver por esses caminhos : É quando nada existe , como imagem e aparência, que a perfeição está próxima . Como a saúde é o silêncio do corpo , a sabedoria é o silêncio da mente - uma quietude que nada tem a ver com a inércia e a preguiça . Ao contrário , ela é uma forma abençoada de ação .
Dizia , Blaise Pascal ( 1623 - 1662 ) , que o homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza , mas é um caniço que pensa . Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá - lo : um vapor , uma gota d' água bastam para matá - lo . Mas ainda que o universo o esmagasse , o homem ainda seria mais nobre do que o mata, pois sabe que morre , e a vantagem que o universo tem sobre ele ; e o universo não sabe disso .
Toda a nossa dignidade consiste pois no pensamento. É dele que devemos depender e não do espaço e duração que não saberíamos conhecer . Trabalhemos , pois , em bem pensar : eis o princípio da moral .
Resta a " Modinha " , de Cecília Meireles ( 1901 - 1964 ) , poeta , professora e folclorista carioca .
" Tuas palavras antigas
Deixei - as todas , deixei - as ,
Junto com minhas cantigas
Desenhadas nas areias .
Tantos sóis e tantas luas
Brilharam sobre essas linhas ,
Das cantigas - que eram tuas -
Das palavras - que eram minhas !
O mar , de língua sonora ,
Sabe o presente e o passado .
Conta o que é meu , vai - se embora :
O resto é pouco e apagado. "
A foto que ilustra o texto mostra o cair da tarde na Praia de Iracema, em Fortaleza.
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