Ruy Barbosa , Titã da Eloquência
Ruy Barbosa ( 1849 - 1923 ) , nascido na Bahia , político , jurista , advogado , diplomata , escritor , filólogo , jornalista , tradutor e orador . Foi fundador da Academia Brasileira de Letras , e seu presidente entre os anos de 1908 e 1919.
" Deste homem extraordinário já não se tem que dizer . Apóstolo predestinado , Titã da Eloquência, que maravilha , espanta , atordoa e assombra ; homem privilegiado que rivaliza com Elias , porque , como esse , que entrou no céu arrebatado pelo fogo , ele entrou na glória arrebatado pela luz ; sábio entre os mestres ; lapidário culminante do idioma ; paladino do Direito ; defensor da Virtude , campeão da Verdade , guarda da Justiça, lapidário da Fé; sobrehomem, esplendor e auréola da Pátria , produto ciclópico , que simboliza a opulência, a grandeza , a magnificência das selvas tropicais ; expoente máximo da inteligência e cultura de uma nação, de um continente , de uma raça; honra e orgulho , ufania e glória do Brasil ; homem prodígio; a maior glória da raça humana nesta hora ; gênio , assombro , semi - deus , " raio de sol sobre a terra " . É que igual a ti , tens a ti mesmo: cresces , cresces , cresces sempre , e só a ti te vences , a ti mesmo te excedes " .
Laudelino Freire , Rio de Janeiro , agosto de 1920 .
Segue um relato picaresco acerca de Ruy Barbosa : A lenda reza que o nobre Ruy percebeu um barulho estranho no quintal de sua residência . Dirigindo - se para lá, deu de cara com o amigo - do - alheio tentando pular o muro com uns patos debaixo do braço.
Assim se expressou Ruy :
- Oh , bucéfalo anácrono ! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes , mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação , levando meus oviparos à sorrelfa e à socapa . Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado , dar - te - ei com minha bengala fosfórica bem no alto de tua sinagoga , e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina " nada " .
E o larápio, completamente confuso , pouco entendendo o que ouviu , diz :
" E aí, Doutor , eu levo ou deixo os patos ? "
Ponto Final !
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