Para Jurema Eleutério e Para Todas as Mães
"Por que Deus permite
Que as mães vão - se embora ?
Mãe não tem limite,
É tempo sem hora,
Luz que não apaga
Quando sopra o vento
E chuva desaba,
Veludo escondido
Na pele enrugada,
Água pura , ar puro,
Puro pensamento.
Morrer acontece
Com o que é breve e passa
Sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
É eternidade.
Por que Deus se lembra
- Mistério profundo -
De tirá - la um dia ?
Fosse eu Rei do Mundo,
Baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
Mãe ficará sempre
Junto de seu filho
E ele, velho embora ,
Será pequenino
Feito grão de milho ."
Que as mães vão - se embora ?
Mãe não tem limite,
É tempo sem hora,
Luz que não apaga
Quando sopra o vento
E chuva desaba,
Veludo escondido
Na pele enrugada,
Água pura , ar puro,
Puro pensamento.
Morrer acontece
Com o que é breve e passa
Sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
É eternidade.
Por que Deus se lembra
- Mistério profundo -
De tirá - la um dia ?
Fosse eu Rei do Mundo,
Baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
Mãe ficará sempre
Junto de seu filho
E ele, velho embora ,
Será pequenino
Feito grão de milho ."
Para Sempre , da autoria de Carlos Drummond de Andrade ( 1902 - 1987 ) , do livro "Lição de Coisas ."
Querida mãe Jurema : seus filhos Rita , Diana , Stela , Eleutério Neto e Francisco , genuflexos rogam suas confortantes bênçãos .
Saudades !
Saudades !
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