Fim de Tarde na Praia de Iracema
Catando rimas em poemas musicais talhados por um doce filho da Terra de Luz , Belchior , num fim de tarde de domingo na Praia de Iracema , um velho reduto da boêmia cearense . Segue um tiquinho da amostra :
" Eu quero é que este canto torto , feito faca, corte a carne de vocês " ( A Palo seco ) .
" Vida , eu quero me queimar no teu fogo sincero " ( Brincando com a vida ) .
" Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais ( Como nossos pais ) .
" Meu bem , guarde uma frase pra mim dentro da sua canção, esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão " ( Coração selvagem ).
" Eu tenho medo de abrir a porta que dá pro sertão da minha solidão " ( Pequeno mapa do tempo ).
" Mas é você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem ( Como nossos pais ).
" Não sou feliz , mas não sou mudo , hoje eu canto muito mais " ( Galos , noites e quintais ).
" Vivia o dia e não o sol , a noite e não a lua " ( Pequeno perfil de um cidadão comum ) .
Belchior : 1946 ( Sobral , Ceará) , 2017 ( Santa Cruz do Sul , Rio Grande do Sul ).
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