Carnaval em Fortaleza 1960
"Falta de luz
É bom pra namorar
Mas depois disso
Nem é bom falar
Mas depois disso
Nem é bom falar
A usina lá no Mucuripe
Todo mês tem gripe
Não quer funcionar.
Que jeito eles podem dar ?
Todo mês tem gripe
Não quer funcionar.
Que jeito eles podem dar ?
Se a bichinha come tudo
Come até peixe do mar
Se toda noite
Esse escuro vem
Come até peixe do mar
Se toda noite
Esse escuro vem
Muita gente , bem,
Vai ter que casar ."
Vai ter que casar ."
Composição carnavalesca " Falta de Luz " , da autoria de Mário Filho e Irapuan Lima ( 1927 - 2002 ) , radialista e apresentador de TV , cognominado de " Chacrinha do Norte " . Autor de peças musicais como " Cadê Cacá " ; " Frango do Zezé " e " Macarrão Fortaleza " .
As marchinhas carnavalescas invadiam as grandes cidades para viverem um momentâneo sucesso . A música "Falta de Luz" do ano de 1960 abordava os frequentes apagões na capital cearense ,onde se colocava como fator precipitante da "gripe" parando o fornecimento de energia elétrica, a obstrução dos canos submarinos por peixes , na usina do Mucuripe. Nessas ocasiões, sob a proteção das estrelas, "os pombinhos " flexados por Cupido , exageravam nas intimidades e nove meses depois surgiam novos "comedores de rapaduras".
A nível nacional, no ano de 1960 , algumas músicas carnavalescas viraram coqueluche :
"Ei ,você aí, me dá um dinheiro aí
Me dá um dinheiro aí.
Não vai dar ?
Não vai dar não
Você vai ver a grande confusão
Me dá um dinheiro aí.
Não vai dar ?
Não vai dar não
Você vai ver a grande confusão
O que vou fazer
Bebendo até cair
Me dá, me dá, me dá
Me dá um dinheiro aí. "
Bebendo até cair
Me dá, me dá, me dá
Me dá um dinheiro aí. "
Canção " Me dá um dinheiro aí " da autoria de Ivan Ferreira.
"Eu não quero mais amar
Pra não sofrer ingratidão
Depois do que eu passei
Fechei a porta do meu coração.
Pra não sofrer ingratidão
Depois do que eu passei
Fechei a porta do meu coração.
Eu dei pra ela todo o carinho
E , no entanto, acabei sozinho "
E , no entanto, acabei sozinho "
" Fechei a Porta " , composição mimosa e dolente da autoria de Sebastião Mota e Ferreira dos Santos , gravada por Jamelão ( 1913 - 2008 ).
E Viva Zé Pereira !
Crônica psicografada pelo boêmio/irmão Clayrton Weyne.
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